Os cerca de 50 índios Tupinikim e Guarani que estão acampados desde esta quarta-feira em frente ao Ministério da Justiça, em Brasília, estão dispostos a continuar no local até conseguir uma audiência com o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos que não está em Brasília.
Enquanto aguardam o retorno do ministro e o agendamento do encontro, os índios serão recebidos na tarde desta quinta-feira, por membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Eles reivindicam do Ministério da Justiça a publicação de uma portaria declaratória que confirme o parecer da Fundação Nacional do Índio (Funai) sobre a posse de uma região de 11 mil hectares de terras. A área é ocupada por plantações de eucaliptos da empresa Aracruz Celulose, no município de Aracruz (ES).
O cacique guarani Toninho diz que os índios já esperaram tempo demais. No ano passado, eles chegaram a firmar um acordo com o Ministério de Justiça que previa o fim das ocupações nas terras onde a Aracruz Celulose mantêm plantações. Em troca, o ministro assinaria a portaria declaratória até dezembro de 2006.
A assessoria do ministério informou que recebeu o parecer da Funai sobre as terras no final de 2006 e que o documento ainda estaria em análise na Consultoria Jurídica do órgão. A demora na publicação da portaria estaria relacionada aos conflitos ocorridos na região, que teriam tornado as negociações mais complexas.
Índios permanecem acampados em frente ao Ministério da Justiça
Quinta, 18 de Janeiro de 2007 às 18:09, por: CdB