Índios da comunidade Guajajara mantêm em cárcere privado, desde o final da tarde desta terça-feira, quatro funcionários da Companhia Vale do Rio Doce em Carajás. Segundo a empresa, líderes indígenas estariam exigindo a melhoria do atendimento de saúde promovido pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e não teriam qualquer reivindicação em relação à empresa.
Na manhã desta terça-feira, cerca de 200 índios ocuparam a Estrada de Ferro Carajás (EFC) e tomaram a linha férrea, impedindo o tráfego. A ação provocou a paralisação do transporte de passageiros e cargas no trecho. A estrada transporta cerca de mil passageiros diariamente e liga a maior província mineral do Brasil, as minas de Carajás, no Pará, ao Complexo Portuário e Industrial de Ponta da Madeira, em São Luis, Maranhão. A Vale tem uma concessão para operar a estrada, que é federal. Ainda na nota, a empresa disse que "repudia tamanha violência em desrespeito aos direitos humanos de seus empregados". A mineradora disse já ter comunicado o fato às autoridades policiais.
O Juiz da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de São Luís já concedeu liminar à empresa determinando a reintegração de posse, multa diária de R$ 100 mil aos manifestantes em casos de"atentados" e proteção policial à ferrovia e à retomada da prestação do serviço público de transporte.
Índios Guajajaras seqüestram funcionários da Vale
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Quarta, 08 de Fevereiro de 2006 às 13:54, por: CdB