Marchionne, que também é presidente-executivo da Fiat Chrysler, reconheceu que há uma grande oportunidade de conquistar novas audiências para a Fórmula 1 nos Estados Unidos. Mas a categoria, disse, anda na corda bamba.
Por Redação, com Ansa - de Milão, Itália
A Fórmula 1 está na corda bamba em um momento em que os novos donos da categoria, a Liberty Media, buscam expandi-la na América do Norte, alertou o chairman da Ferrari, Sergio Marchionne.
Marchionne, que também é presidente-executivo da Fiat Chrysler, reconheceu que há uma grande oportunidade de conquistar novas audiências nos Estados Unidos; mas disse que a herança da categoria precisa ser respeitada.
A Liberty, sediada nos Estados Unidos e que assumiu a F1 em janeiro, planeja acrescentar ao menos mais uma corrida na América do Norte ao calendário após 2018 e quer incrementar o show durante os fins de semana de Grandes Prêmios.
— Acho que é justo dizer que (o chairman da F1) Chase (Carey) e eu concordamos que precisamos de espaço nos Estados Unidos — disse Marchionne. Ele falou a repórteres, na véspera; durante uma apresentação da nova parceria da Alfa Romeo com a equipe suíça Sauber.
Corda bamba
Carey também participou do evento.
— Acho que há uma oportunidade aqui, se fizermos as coisas certas, para tornar este um esporte relevante no ambiente norte-americano. E se fizermos isso, o esporte se beneficiará, tremendamente. Mas eu faço uma grande ressalva sobre isso... Precisamos ser cuidadosos para que esse desejo de nos tornarmos atrativos ao público norte-americano não acabe afugentando o DNA de um esporte que tem algumas origens nobres — ponderou Marchionne.
Marchionne, que tem dupla cidadania italiana e canadense, disse que a dignidade da categoria tem de ser respeitada.
— Acho que temos que preservá-la, temos que modernizá-la de forma que os norte-americanos a considerem relevante. E essa é a trilha complicada pela qual eu acho que eu e Chase temos que caminhar... Acho que caminhamos sobre uma corda bamba aqui — concluiu.