O jornal britânico Financial Times, em reportagem publicada nesta quinta-feira, afirma que, em meio ao desemprego, à ameaça de recessão e à queda da economia global, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, é um dos poucos ministros que tem apresentado boas notícias para o Brasil nos últimos tempos. Segundo o diário britânico, o anúncio nesta semana do aumento de 33% das exportações, além do superávit comercial superior a US$ 10 bilhões no primeiro semestre, "foi particularmente doce" para o ministro. "Como um ex-empresário de sucesso, ele é homem singular no governo de classe trabalhadora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva", publicou o jornal. Em entrevista ao FT, Furlan mostrou cautela, admitindo que o crescimento das exportações provavelmente vai desacelerar nos próximos meses após a valorização do real. - Se isso fosse um jogo de futebol, nos estaríamos jogando para manter o resultado na segunda metade do ano - disse o ministro. Segundo o FT, em contraste aos seus antecessores, Furlan começou a cortar a burocracia e a negociar pessoalmente a remoção de barreiras comerciais e a abertura de novos mercados. - Eu odeio burocracia, não gosto de enviar cartas, eu acredito no contato pessoal, na química entre as pessoas. Nas últimas semanas, o ministro fez diversas viagens internacionais acompanhando exportadores nas missões comerciais e vendendo o que ele chama de "uma nova visão corporativa do Brasil". Furlan disse que o seu cargo "não é muito diferente" de sua antiga posição de presidente da Sadia. "Apenas que agora eu tenho 170 milhões de acionistas", disse o ministro. Segundo o diário britânico, durante os seus primeiros dias no cargo, Furlan não se enervou pelas repetidas chamadas do presidente, "que parecia o estar testando". Furlan afirmou que se sente hoje "muito confortável e muito bem adaptado" ao posto de ministro.
<i>Financial Times</i> elogia trabalho do ministro Furlan
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Quinta, 03 de Julho de 2003 às 08:28, por: CdB