Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico e continua no hospital em observação, com estado de saúde estável
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
Uma das sete vítimas do acidente com uma lancha no dia anterior na Barra da Tijuca, Andrew Macau, de 21 anos, continua internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico e continua no hospital em observação, com estado de saúde estável.
As outras seis vítimas não precisaram ser encaminhadas ao hospital. Elas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e atendidas no próprio local. As pessoas ficaram feridas depois que a lancha onde estavam foi empurrada contra o quebra-mar da Barra da Tijuca.
Sem conseguir sair do quebra-mar, por causa das ondas fortes, a lancha virou e ficou presa às rochas.
Resgate com drones
O Corpo de Bombeiros tem utilizado drones para garantir a prevenção de afogamentos e realizar a busca de vítimas nas praias da orla do Rio. O uso dos aparelhos; que têm ajudado o Grupamento Marítimo (Gmar) a evitar mortes, é referência internacional. Este mês, a Covant (Coordenadoria de Operações de Veículos Aéreos não Tripulados) recebeu a visita do comandante-assistente do Departamento do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, nos Estados Unidos; Fernando Boiteux, que pretende implantar a tecnologia na corporação americana.
– Ele conheceu o nosso trabalho com essas aeronaves pela mídia, e veio coletar informações com a intenção de implantar a tecnologia nas unidades de Los Angeles. Foi bem proveitoso, porque ele também nos apresentou outros equipamentos de alta tecnologia; utilizados pelos agentes americanos, que podemos futuramente adotar – disse o tenente-coronel Rodrigo Bastos, coordenador da Covant; que acredita em uma futura parceria internacional.
Não é só lá fora que o trabalho desenvolvido no Rio de Janeiro chama a atenção. Alguns estados já demonstraram interesse em fazer intercâmbio com os bombeiros Fluminenses; que são pioneiros no Brasil em utilização de drones para resgates.
No último mês, a corporação recebeu a visita de dois oficiais bombeiros da Bahia, que pretendem montar um projeto semelhante. Os militares receberam noções de pilotagem das aeronaves e da tecnologia que envolve os aparelhos, legislação aeronáutica, meteorologia, segurança de voo e aerodinâmica.
Hoje, os bombeiros do Rio utilizam três drones em operações de emergência e cinco em treinamentos. Os aparelhos são úteis em diversas situações, como auxiliar em caso de afogamento, monitorar acidentes em grandes áreas, procurar pessoas perdidas em montanhas ou na mata e achar corpos desaparecidos.
– A probabilidade de o resgate ser bem-sucedido aumenta. Agilizamos recursos e os agentes ficam menos expostos a situações de perigo – explicou Bastos.
Tecnologia auxilia diversos grupamentos
A primeira vez que os bombeiros utilizaram drones no Rio foi na Operação Verão (2015/2016), na praia de Copacabana, de forma experimental. Durante 2016, a corporação foi mapeando como essa ferramenta poderia ajudar no trabalho dos diversos grupamentos e unidades especializadas da Defesa Civil. Com isso, os bombeiros criaram um protocolo para cada tipo de ação para utilizar a aeronave.
Uma das ações do governo estadual que teve a utilização dos drones foi a campanha Xô, Zika!, realizada no ano passado.
– Nós identificávamos diversos focos do Aedes aegypti que equipes de solo não teriam como localizar. O que o drone realizava em uma hora, os agentes levariam, em média, de seis a sete dias. O ganho de tempo-resposta foi muito bom – disse o coordenador da Covant, tenente-coronel, Rodrigo Bastos.
Aparelho
Por causa do zumbido quando está voando, o aparelho recebeu o apelido de drone, o nome em inglês para a abelha zangão. Oficialmente, é um RPAS, sigla em inglês para Sistema de Aeronave Pilotada Remotamente. Cada aparelho pesa no máximo 2 quilos e mede entre 50 cm a 60 cm de diâmetro. Movido a bateria elétrica, um drone tem autonomia de voo de 25 minutos. Ele pode chegar a seis mil metros de altura e voar por cinco quilômetros.
Mas para o voo operacional os aparelhos vão, no máximo, a 30m de altura e 500m de distância, obedecendo às regras da Aeronáutica.
Nas aulas, os agentes aprendem todos os recursos da ferramenta e como operá-la com perícia: uma manobra errada pode derrubar fios de alta tensão e outros obstáculos, causando acidentes graves. A cada dia, modelos mais modernos são lançados.