A possibilidade de futuras parcerias entre a Faperj (Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro) e a Light foi a pauta de uma reunião realizada esta semana na sede da fundação com a presença de representantes das duas instituições. Depois de apresentar a Faperj e de ouvir uma explanação sobre os projetos da Light que estarão implantados em um ano e meio, o presidente da fundação, Ruy Marques, identificou pontos de convergência nos interesses das duas instituições.
- Percebi um grande potencial de desenvolvimento de um trabalho conjunto. Cabe à Faperj identificar potenciais parcerias com muitas empresas sediadas no estado, visando a um incremento substancial na capacidade de financiamento da fundação - analisou.
Também na avaliação do diretor da Light, Mozart Vitor Serra, a possibilidade de colaboração conjunta é concreta.
- Existem áreas, como segurança, mudanças climáticas, meio ambiente e cidadania, que interessam a ambas as instituições - observou.
Um dos projetos apresentados por Serra diz respeito ao Centro Cultural Light, um espaço visitado por cerca de 40 mil crianças por ano. Trata-se de um circuito onde estudantes aprendem, de forma lúdica, conceitos sobre eletricidade.
A Light pretende ampliar esse projeto, levando-o para um outro prédio da companhia, em que seria construído um museu onde pudessem ser veiculadas, entre outras, informações e experimentos sobre a história da eletricidade.
- Para isso, seria muito importante podermos contar com a ajuda da comunidade científica que mantém parceria com a Faperj - disse.
Diversas áreas de cooperação foram identificadas, inclusive a edição de uma pequena cartilha ilustrada para que as crianças visitantes do Centro Cultural Light se informem sobre energia, nos moldes de outros trabalhos já incentivados pela Faperj.
O projeto pode representar uma interação com o programa Auxílio à Editoração, em que a Faperj apóia a edição de livros, manuais, números temáticos de revistas e coletâneas científicas em diferentes suportes, como papel e eletrônicos.
De acordo com o relato de Serra, a Light tem todo o interesse em colaborar com pesquisas na área ambiental, sobretudo com as que se referem a energias alternativas e a mudanças climáticas.
- Queremos auxiliar no debate público sobre essa questão - disse.
Sobre o assunto, o diretor científico da Faperj, Jerson Lima, lembrou que o programa Rio Inovação não está restrito ao financiamento a pesquisadores.
- Agora, também as empresas podem obter financiamento, conforme a nova lei de inovação - explicou Jerson.
Segundo Ruy Marques, a parceria com empresas de grande e médio porte sediadas no estado é uma das metas da Faperj.
- Há muito o que a Faperj pode oferecer, atuando como agência de seleção e avaliação de projetos de interesse dessas empresas, facilitando o contato com a comunidade científica. Isso, certamente, reverterá para a ampliação do nosso campo de atuação, com reais benefícios para a sociedade fluminense - afirmou.
Para a formulação de propostas concretas, foram acertados outros encontros entre representantes da Faperj e da Light, que apresentará um anteprojeto com os pontos de possíveis parcerias. O objetivo é, a partir da discussão desse documento, elaborar um protocolo de intenções entre as duas instituições.