Exército israelense prende dois palestinos na Cisjordânia

As forças de segurança israelenses detiveram, na madrugada desta sexta-feira, dois palestinos na Cisjordânia onde continuam as operações do exército israelense, informou a agência de notícias israelense <i>Itim</i>. Segundo a fonte, são dois ativistas do movimento islâmico Hamas.

A polícia mantém o nível de alerta elevado diante das cerca de cinqüenta ameaças de possíveis ataques palestinos, apesar de recentemente as autoridades militares terem informado de uma diminuição das atividades das facções armadas palestinas, assinalou a rádio pública israelense.

Oficiais das forças de segurança consideram que a cidade de Jerusalém é a mais vulnerável a estes ataques.

O vice-primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou à rádio que Israel deve aproveitar a oportunidade que existe neste momento depois da mudança da liderança palestina, pela morte de Yasser Arafat, para modificar a situação vivida na zona nestes últimos anos, e apesar do perigo de fracassar.

Membros das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, braço armado do movimento nacionalista do Fatah, atacaram ontem à noite um veículo militar israelense e feriram quatro soldados, dois deles com alguma gravidade.

Os ativistas das Brigadas abriram fogo desde um carro contra o veículo 4x4 no qual viajavam os soldados, perto do assentamento judaico de Eshkelot, no sudoeste de Hebron, e conseguiram escapar.

Horas antes, um miliciano palestino disparou contra um veículo militar israelense no sul da Faixa de Gaza, cerca da estrada de Kisufim, e feriu levemente dois soldados israelenses.

O palestino, que lançou granadas de mão, foi morto a tiros pelas forças de Israel.

O ataque de ontem à noite na Cisjordânia é o mais grave por parte das facções da resistência palestina desde que há duas semanas, o presidente palestino, Mahmoud Abbas (Abu Mazen), conseguiu um cessar-fogo com esses grupos, que deu lugar até agora a uma cessação quase total das agressões contra objetivos israelenses.