A execução do ex-presidente iraquiano Saddam Hussein, ocorrida no último sábado, quase foi interrompida devido às provocações feitas ao líder no momento em que ele estava sendo enforcado.
O representante da Promotoria no julgamento de Saddam, Munkith al-Faroon, disse em entrevista à agências internacionais, que ameaçou se retirar do local onde foi feita a execução em protesto contra as provocações feitas contra Saddam.
Segundo a lei iraquiana, se isso acontecesse, a execução teria de ser interrompida, pois não poderia prosseguir sem uma testemunha da acusação. Faroon também disse ter visto dois altos funcionários do governo iraquiano com telefones celulares na sala onde Saddam foi enforcado, apesar de soldados americanos terem, anteriormente, levado para fora do recinto os celulares dos presentes.
O governo do Iraque criou nesta terça-feira uma comissão para investigar quem fez a filmagem não-oficial da execução do ex-presidente iraquiano. As imagens dos últimos momentos do ex-líder iraquiano, divulgadas pela internet, mostram que ele trocou insultos e gritos com pessoas que testemunhavam seu enforcamento.
As autoridades iraquianas temem que a divulgação dessas imagens contribua para um aumento da violência sectária no país envolvendo muçulmanos xiitas e sunitas.
- Alguns guardas que gritaram determinadas frases se comportaram de uma maneira inadequada e serão objeto de uma investigação -, disse Sami Al-Askari, assessor do premiê iraquiano, Nouri Al-Maliki.
Um funcionário do governo iraquiano próximo ao premiê Maliki disse que o inquérito pretende desvendar quem foi responsável pela filmagem secretamente e depois a distribuiu.
Execução de Saddam quase foi interrompida por provocações
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Terça, 02 de Janeiro de 2007 às 16:47, por: CdB