Rio de Janeiro, 27 de Dezembro de 2025

EUA: grupo de direitos digitais critica empresas por barrarem neonazistas

Um grupo de direitos digitais com sede em São Francisco criticou várias empresas de Internet por terem removido grupos neonazistas de servidores e serviços

Sexta, 18 de Agosto de 2017 às 08:27, por: CdB

A GoDaddy, o Google, da Alphabet, a empresa de segurança Cloudflare e outras empresas de tecnologia agiram nesta semana para bloquear grupos de ódio

Por Redação, com Reuters - de São Francisco:

Um grupo de direitos digitais com sede em São Francisco criticou várias empresas de Internet por terem removido grupos neonazistas de servidores e serviços, dizendo que as ações eram "perigosas" e ameaçavam a livre expressão online.

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Grupo de direitos digitais dos EUA critica empresas de tecnologia por barrarem neonazistas

A GoDaddy, o Google, da Alphabet, a empresa de segurança Cloudflare e outras empresas de tecnologia agiram nesta semana para bloquear grupos de ódio; após a violência no fim de semana em Charlottesville, Virgínia; onde os nacionalistas brancos se reuniram para protestar contra a remoção de uma estátua do general confederado Robert E. Lee de um parque.

– Nós acreditamos firmemente que o que a GoDaddy, o Google e o Cloudflare fizeram aqui foi perigoso – escreveu Cindy Cohn, diretora-executiva da Electronic Frontier Foundation; em uma postagem no blog junto com outros dois funcionários.

A postagem do blog reflete uma longa tensão no Vale do Silício; onde muitos executivos de empresas querem se distanciar dos extremistas. Mas estão preocupados com o fato de que escolher o que é aceitável em suas plataformas poderia incentivar maior regulamentação governamental.

Liberdade de expressão

– Proteger a liberdade de expressão não é algo que fazemos porque concordamos com todos os discursos que acabam protegidos. Fazemos por acreditar que ninguém - nem o governo, nem empresas privadas, deve decidir quem pode e quem não pode se expressar – escreveu a Electronic Frontier Foundation.

O grupo pediu às empresas que gerenciam nomes de domínio da Internet. Incluindo o Google e o GoDaddy; que "desenhem uma linha firme". Não suspendam ou prejudiquem nomes de domínio; "com base em conteúdo expressivo de sites ou serviços".

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