A administração de George W. Bush escolheu o projeto dos laboratórios nacionais Lawrence Livermore, na Califórnia, para o desenvolvimento de uma nova geração de ogivas nucleares. Livermore e os laboratórios de Los Alamos competiam na pesquisa, a primeira atualização tecnológica do gênero que os Estados Unidos se propõe a desenvolver desde o fim da Guerra Fria.
A decisão por produzir novas armas nucleares se deve ao envelhecimento das ogivas atuais, construídas nos anos 70 e 80. Para verificar o estado de funcionamento das bombas seria necessária a realização de testes nucleares, mas os Estados Unidos e a Rússia participam de um acordo que veta esse tipo de operação. O Pentágono e o Ministério da Energia nos últimos 11 anos estavam certificando as ogivas sem a possibilidade de verificação.
Em 2005 o Congresso liberou os primeiros 9 milhões de dólares para a retomada dos estudos sobre o design de ogivas mais seguras e desde então os dois principais laboratórios nucleares norte-americanos entraram numa disputa milionária. Segundo informações da Associated Press, baseadas em um anúncio oficial, foi escolhido o projeto de Livermore.
Os críticos do programa de atualização das ogivas nucleares norte-americano destacaram que os Estados Unidos correm o risco de mandar uma mensagem errada para o mundo, no momento em que se dedicam a acusar o Irã e a Coréia do Norte por iniciativas neste campo.