Rio de Janeiro, 16 de Junho de 2025

Estudo diz que Brasil terá padrão de vida europeu só em 2050

Só em 2050, a renda per capita no Brasil será equivalente à existente hoje na Europa. Estudo sobre o futuro da economia foi divulgado nesta quinta-feira em Londres. (Leia Mais)

Quinta, 08 de Fevereiro de 2007 às 08:28, por: CdB
Estudo sobre o futuro da economia dos países que compõem o grupo conhecido como BRIC (sigla para Brasil, Rússia, Índia e China), divulgado nesta quinta-feira em Londres, indica que só em 2050 a renda per capita no Brasil será equivalente à existente hoje na Europa. "O Brasil não estará tão bem quanto a China e a Índia, mas é possível dizer que, com base na renda per capita, daqui a 45 anos, os brasileiros terão um padrão de vida equivalente ao existente hoje (2005) na Europa", disse à agência de notícias BBC Brasil o autor das projeções, Peter Gutmann, analista da consultoria Experian Business Strategies.
 
Segundo o estudo, a renda per capita (cálculo do valor do PIB dividido pela população) no Brasil será de US$ 27,13 mil em 2050 (cerca de três vezes maior do que a medida atual), um valor apenas um pouco inferior à renda per capita na Europa (países que adotaram o euro) em 2005, que ficou em US$ 29,47 mil. O autor reconhece que o cálculo da renda per capita serve apenas de parâmetro para a comparação já que fatores como a má distribuição de renda podem impedir que o crescimento da economia previsto beneficie a maior parte da população.
 
No quesito renda per capita, os Estados Unidos, incluídos nas projeções para servir de base para comparação, continuarão muito à frente da China que será, então, a maior economia do mundo. De acordo com as previsões, a renda per capita americana terá subido de US$ 41,30 mil em 2005 para US$ 100,08 mil em 2050.

Nesse patamar, será cerca de 30% maior do que a da China e em torno de 350% maior do que a renda per capita no Brasil. A renda per capita na Índia ficará em US$ 36,21 mil e na China, em US$ 74,40.

Segundo Gutmann, o maior risco para que as previsões se tornem realidade está na dúvida sobre se os recursos do planeta darão conta da maior demanda por tanto tempo. "Mudança climática, devastação de grandes áreas e esgotamento de recursos naturais já estão ocorrendo. O risco é que os recursos, simplesmente, não consigam sustentar o crescimento projetado", disse Gutmann.

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