O Ministério da Justiça informou que a campanha do desarmamento ocasionou a redução dos acidentes por armas de fogo, no país. No Senado, uma reunião será feita, nesta terça-feira, para discutir a criação da comissão mista a qual pretende examinar a medida provisória que prorroga até 23 de outubro próximo o prazo para entrega de armas de fogo não registradas, a chamada MP 253/05. No caso do referendo, a regulamentação deve sair esta semana no Congresso. A campanha do desarmamento recolheu 360 mil armas desde julho de 2004.
No Rio, as internações caíram 10,5%. Em Maringá (PR), os homicídios tiveram redução de 30%. Em São Paulo, capital, os homicídios tiveram redução de 14,8% e dos latrocínios de 25,9%. A campanha do desarmamento também causou impacto na redução da criminalidade em todo o Estado de São Paulo, reduzindo o número de latrocínios em 17,8%, de agressões com armas em 17%, de apreensões e perda de armamentos em 12,9%. O objetivo principal da lei é diminuir as internações hospitalares por ferimentos a tiro e homicídios causados por conflitos entre as pessoas.
Túlio Kahn, autor do estudo feito no Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Oxford, na Inglaterra, afirmou que os dados colhidos de 2000 a 2004 mostram que a redução dos acidentes por arma de fogo é resultado de um conjunto de políticas, como a inclusão social, além do estatuto e de mudanças na segurança pública. Com números consolidados até este ano, a queda é de 37% no número de homicídios.