O vice-porta-voz do Ministério do Interior afegão, Nasrat Rahimi, disse anteriormente que pelo menos 40 pessoas morreram e 30 ficaram feridas
Por Redação, com Reuters - de Cabul:
O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade por um ataque suicida que deixou dezenas de mortos em um escritório da agência de notícias Afghan Voice e em um centro cultural xiita adjacente em Cabul nesta quinta-feira, afirmou a agência de notícias do grupo, a Amaq, em comunicado.
O vice-porta-voz do Ministério do Interior afegão, Nasrat Rahimi, disse anteriormente; que pelo menos 40 pessoas morreram e 30 ficaram feridas na explosão; a mais recente em uma série de ataques contra meios de comunicação em Cabul.
Segundo a Amaq, o ataque foi conduzido por um homem-bomba e seguido por três outras explosões na mesma área.
A agência não forneceu nenhuma evidência para sustentar a reivindicação do ataque; que aconteceu durante um debate sobre o 38º aniversário da invasão soviética do Afeganistão, país de maioria sunita, no centro social e cultural Tabian, onde muitos dos participantes eram estudantes, segundo testemunhas.
Ataque do Boko Haram
Quatro civis morreram em um ataque de supostos militantes do Boko Haram ocorrido na segunda-feira na cidade nigeriana; que está no cerne de um conflito com os islâmicos, disseram um morador e duas autoridades à agência inglesa de notícias Reuters.
O Exército da Nigéria disse na noite de segunda-feira que repeliu o ataque nos arredores de Maiduguri; o berço espiritual do Boko Haram; que foi o maior atentado de grande porte na cidade do nordeste desde junho.
O comunicado do Exército não mencionou as baixas, mas MusaAlkali, que reside na área atacada, Molai, disse à Reuters que viu quatro corpos.
– O Boko Haram lutou para entrar em Molai e incendiou três casas antes de o caça militar chegar – disse.
– Três pessoas foram incineradas dentro de casa, (depois) vi quatro cadáveres retirados da área – contou Alkali, acrescentando que a quarta pessoa foi baleada.
O comandante de um grupo local de justiceiros e um militar também disseram à Reuters, já na terça-feira local, que quatro civis morreram. Eles falaram sob condição de anonimato porque foram instruídos a não se comunicarem com a mídia e temerem retaliações.
Os militares disseram que nenhum de seus soldados perdeu a vida, que os agressores usaram caminhões equipados com armas e homens-bomba e que incendiaram casas e veículos ao baterem em retirada.
Três porta-vozes dos militares nigerianos não responderam de imediato a ligações; mensagens de texto e mensagens de WhatsApp pedindo comentários.
Quatorze pessoas foram mortas em um ataque realizado em Maiduguri em junho; quando o grupo agiu na véspera de uma visita do vice-presidente do país, Yemi Osinbajo.
Ataques
É frequente o governo dizer que está em alerta para ataques do Boko Haram no período do Natal e em outras festividades de cristãos e muçulmanos.
A insurgência já visou locais de culto, como igrejas e mesquitas, nestas épocas. Embaixadas alertam seus cidadãos frequentemente para que sejam cautelosos e evitem espaços públicos nestas ocasiões.
O governo do presidente Muhammadu Buhari vem dizendo que o Boko Haram está quase derrotado. Mas os atentados mais recentes mostram que o grupo ainda é capaz de realizar operações-relâmpago; dando ensejo a uma nova arremetida governamental contra os militantes.
Na semana passada o governo da Nigéria aprovou a liberação de US$ 1 bilhão de um fundo estatal de petróleo para ajudar os combates.