Em nota emitida por seu vice-porta-voz, Farhan Haq, Guterres enviou "profundas condolências" ao governo e à população do Egito e desejou rápida recuperação
Por Redação, com ABr e Reutesrs - de Nova York/Cairo:
O secretário-geral da ONU, António Guterres, e o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenaram de forma veemente o ataque realizado na última sexta-feira numa mesquita na cidade de Bir al-Abed, no norte do Sinai, no Egito. O atentado deixou mais de 300 mortos e mais de uma centena de feridos. A informação é da ONU News.
Em nota emitida por seu vice-porta-voz, Farhan Haq, Guterres enviou "profundas condolências" ao governo e à população do Egito e desejou rápida recuperação aos feridos. Ele pediu que os responsáveis pelo ataque sejam rapidamente levados à justiça.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas também condenou o "ataque terrorista hediondo e covarde" e reafirmou que o terrorismo em todas as suas formas e manifestações constitui uma das ameaças mais graves à paz e segurança internacionais.
Forças do Egito
Os militares do Egito informaram neste sábado que realizaram ataques aéreos e operações da noite para o dia contra militantes responsabilizados pelo assassinato de mais de 230 fiéis em uma mesquita no Sinai do Norte.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Mas as forças do país vêm combatendo uma filiada determinada do Estado Islâmico na região; uma das facções sobreviventes do grupo radical desde; que este sofreu derrotas militares para forças apoiadas pelos Estados Unidos na Síria e no Iraque.
– A Força Aérea eliminou nas últimas horas uma série de postos avançados usados por elementos terroristas – disse o Exército.
Testemunhas disseram que homens armados explodiram uma bomba ao final das orações de sexta-feira dentro da mesquita Al Rawdah; localizada em Bir al-Abed, a oeste da cidade de El Arish, e depois abriram fogo enquanto os fiéis tentavam fugir; atirando em ambulâncias e ateando fogo em carros para bloquear as ruas.
A mídia estatal mostrou imagens de vítimas ensanguentadas e corpos cobertos por cobertores dentro da mesquita.
Atacar uma mesquita seria uma mudança de tática para os militantes do Sinai, que já agiram contra soldados e mais recentemente vêm buscando disseminar sua insurgência no território continental do Egito visando igrejas e peregrinos cristãos.
Atentado no Sinai
As enormes baixas do atentado no Sinai e o fato de terem atacado uma mesquita chocaram os egípcios, que vêm lutando para reconquistar a estabilidade desde a revolta de 2011 que depôs Hosni Mubarak, líder egípcio durante muito tempo, e os anos de protestos que se seguiram.
– Que as almas de todos os que morreram descansem em paz, tanto de muçulmanos quanto de cristãos… estas pessoas não têm religião – disse Abdullah, um desempregado, no centro do Cairo em referência aos agressores. “Dia sim, dia não alguém morre, dia sim, dia não uma igreja é bombardeada… onde está a segurança?”