O polêmico empresário do boxe Don King confirmou que o veterano pugilista George Foreman acertou um acordo verbal de US$ 20 milhões para voltar aos ringues.
Segundo King, o objetivo da volta de Foreman é a realização de uma luta em comemoração do trigésimo aniversário de sua lendária batalha contra Muhammad Ali no Zaire.
Foreman, 55 anos, disse na semana passada que está interessado em voltar a lutar se conseguir baixar seu peso para 101 kg.
O ex-campeão do mundo não luta desde 1997, quando perdeu seu título de peso pesado para o americano Shannon Briggs. Desde então, ele trabalhou como comentarista de boxe na televisão.
"George diz que quer voltar e lutar outra vez, e o que estou fazendo é anunciando isso", confirmou King, "Ele tem o poder e está mudando a história, por isso só precisamos colocar todos os elementos juntos e transformá-los em ouro".
King disse que Foreman vai treinar e perder peso, e não espera que o ex-campeão tenha problemas em sua procura para um Estado que lhe dê licença para atuar de novo como boxeador.
O polêmico empresário disse que o possível adversário, a data e o local ainda não foram divulgados. No entanto, Foreman afirmou na semana passada que gostaria de lutar em Houston, sua cidade natal.
Foreman conquistou seu primeiro título dos pesos pesados em 1973, ao vencer Joe Frazier por nocaute, e perdeu o título no ano seguinte contra Ali em uma briga no Zaire conhecida como o "Combate na Selva", primeira luta profissional promovida por King.
Em 1987, após 10 anos de aposentadoria, Foreman voltou ao boxe pela primeira vez e sete anos depois, aos 45, comemorou o vigésimo aniversário da briga com Ali vencendo Michael Moore, o que o tornou o boxeador mais velho a conquistar o título dos pesos pesados.
Foreman deixou os ringues em 1998 com uma marca de 76-5, com 68 nocautes, e desde então ficou multimilionário após ter vendido a patente de uma grelha que lhe gerou lucros de cerca de US$ 136 milhões.
"Não volto ao boxe por dinheiro, mas para demonstrar que as pessoas da minha idade ainda são válidas, e têm metas e objetivos a cumprir", destacou Foreman.