O delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno afirmou nesta sexta-feira que o dossiê elaborado para vincular o PSDB à máfia dos sanguessugas era parte de um dossiê maior do que o divulgado até o momento. O documento que contém denúncias que envolviam não apenas o PSDB e a máfia dos sanguessugas, inclui, também, todos os partidos e outros escândalos. Edimilson Bruno delegado é o delegado responsável pela prisão do advogado e ex-policial federal Gedimar Passos e do empresário Valdebran Padilha em São Paulo, na última sexta-feira.
Bruno disse que durante os depoimentos, Gedimar e Valdebran declararam que estava sendo negociado um dossiê com 2 mil páginas e "fita de vídeo". O material apreendido em Cuiabá seria apenas uma "isca", restrita ao superfaturamento de ambulâncias. De acordo com o delegado, os detidos disseram que o material completo teria denúncias contra todos os partidos, inclusive o PT e não se limitava ao caso da máfia dos sanguessugas.
- A negociação com os Vedoin começou em 20 milhões, caiu para 10 milhões, o que ainda era alto segundo o que eles me disseram e depois caiu para 2 milhões-, disse o delegado.
Questionados por que só haviam R$ 1,7 milhão no hotel, os envolvidos responderam que o PT e a revista não conseguiram juntar o dinheiro em tempo hábil.
- Na realidade, o PT estava comprando um pacote de negociação que envolvia exclusividade para esta revista e os Vedoin iam corroborar a acusação-, afirmou Edmilson.
A entrevista seria feita quando os donos da Planam protocolassem o dossiê das ambulâncias na Justiça Federal de Cuiabá. Segundo Edmilson, durante os depoimentos Valdebran não afirmou "categoricamente" qual foi a revista que participou do esquema.
Delegado diz que dossiê contra tucanos era maior, bem maior
Arquivado em:
Sexta, 22 de Setembro de 2006 às 17:55, por: CdB