May foi criticada dentro de seu próprio Partido Conservador devido à sua reação, e prometeu realizar um inquérito público sobre o incêndio no edifício
Por Redação, com Reuters - de Londres:
Cada vez mais pressionada por um fracasso eleitoral e alvo de críticas por não ter se encontrado antes com vítimas de um incêndio em um prédio residencial de Londres, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, visitou os feridos da tragédia em um hospital nesta sexta-feira, quando o saldo de mortes subiu para 30.
O líder de oposição Jeremy Corbyn, o prefeito de Londres, Sadiq Khan, o príncipe William e a rainha Elizabeth, de 91 anos, visitaram os moradores da torre de apartamentos de 24 andares destruída na quarta-feira. Enquanto muitos dormiam, e a revolta contra as autoridades está crescendo na comunidade local.
May foi criticada dentro de seu próprio Partido Conservador devido à sua reação. Na quinta-feira, ela prometeu realizar um inquérito público sobre o incêndio no edifício. Que abrigava cerca de 600 pessoas. A expectativa é que o saldo de mortos aumente.
A premiê se reuniu reservadamente com vítimas em um hospital do centro da capital britânica nesta sexta-feira, e no dia anterior já havia expressado sua tristeza na televisão. Depois de se encontrar com agentes dos serviços de emergência.
Ex-ministro conservador
– Ela deveria ter estado lá com os moradores. Você tem que estar preparado para receber as emoções das pessoas, e não ficar tão assustada com as pessoas – disse Michael Portillo, ex-ministro conservador, à rede BBC.
A reação de May tem sido contrastada com a de Corbyn, que abraçou moradores durante uma visita na quinta-feira. E com a dos membros da realeza, que se encontraram com moradores e voluntários nesta sexta-feira.
– Esta é uma das coisas mais terríveis que já vi – disse o príncipe William sobre o incêndio, que destruiu a torre.
Alguns residentes desesperados imploraram para conversar com os membros da realeza sobre seu sofrimento e o destino de crianças desaparecidas quando estes deixavam o local, e William prometeu que irá voltar.
Moradores
É cada vez maior a revolta no edifício de baixa renda. Cujos moradores querem saber como o fogo se espalhou tão rapidamente e por que queixas anteriores a respeito da segurança foram ignoradas.
A polícia de Londres informou que uma investigação, liderada por um detetive de sua unidade de homicídios e crimes graves. Irá examinar se delitos foram cometidos. Embora tenha dito que não há nada que indique que o incêndio tenha sido iniciado deliberadamente.
Documentos que detalham uma reforma recente no prédio não fazem referência a um tipo de barreira corta-fogo. Que especialistas em segurança dizem ser necessária quando arranha-céus ganham um novo revestimento externo.