Rio de Janeiro, 27 de Dezembro de 2025

Crianças de cidades pequenas usam mais drogas, diz pesquisa

Estudo britânico indica que ócio do campo eleva também o consumo de álcool.

Terça, 13 de Fevereiro de 2007 às 10:20, por: CdB

Crianças que moram em cidades pequenas da Grã-Bretanha têm mais propensão a experimentar drogas e álcool do que os jovens dos grandes centros, de acordo com um estudo publicado nesta terça-feira. A investigação, conduzida pela SHEU (sigla em inglês para Unidade de Saúde e Educação em Escolas), indica que a falta de atividades de recreação nas zonas não-metropolitanas - mais rurais - leva os adolescentes a se ocuparem com drogas ilícitas e bebida.

Os resultados foram obtidos a partir de uma pesquisa com mais de 100 mil crianças entre 10 e 15 anos de idade, moradoras de 25 regiões administrativas da Grã-Bretanha. De acordo com um dos responsáveis pelo estudo da SHEU, David Regis, a pesquisa enfraquece a imagem das zonas rurais como locais "idílicos" para criar os filhos.

- O ócio é o pai de todos os vícios. Alguns povoados são cidades-dormitório em que moram famílias de classe média com muito dinheiro. Em outras cidadezinhas no meio do nada não há nada para fazer além de sair e se embebedar - afirmou o cientista.

Consumo de álcool

A análise dos estudiosos concluiu que os adolescentes das zonas rurais têm o maior número de adolescentes que admitiram ter usado drogas ou bebido mais de 14 unidades alcoólicas no mês anterior à pesquisa. No que diz respeito ao consumo de álcool, tanto as meninas quanto os meninos das zonas não-metropolitanas ficaram em primeiro lugar. O local que registrou maior uso de drogas entre meninos também fica fora dos centros metropolitanos; mas entre meninas, foi uma região administrativa nos arredores de Londres. Para combater o problema, David Regis sugere que os centros comunitários para jovens sejam incrementados, o que evitaria grupos de jovens "nas esquinas". Outro problema, segundo o pesquisador, é o consumo de álcool dentro de casa.

- Alguns pais dizem que querem que os seus filhos aprendam a beber em casa, como parte das refeições - denuncia Regis.

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