Projétil, que teria a capacidade de atingir o Estado norte-americano do Alasca, é lançado às vésperas da reunião do G20. "Esse cara não tem nada melhor para fazer?", questiona Trump sobre Kim Jong-un
Por Redação, com DW - de Seul:
A Coreia do Norte assegurou nesta quarta-feira ter realizado com êxito o lançamento de seu primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) que, segundo especialistas, teria voado numa trajetória que possibilitaria alcançar o Estado norte-americano do Alasca.
Segundo a rede de televisão estatal norte-coreana, o "ensaio histórico" do lançamento do míssil Hwasong-14, anunciado pela emissora após Coreia do Sul e Estados Unidos afirmarem que o míssil seria de médio alcance, teria sido supervisionado diretamente pelo líder Kim Jong-un.
Segundo o Ministério da Defesa do Japão, o míssil teria voado a uma altitude superior a 2,5 mil quilômetros. O que seria a maior marca atingida até hoje por Pyongyang. Realizando um percurso de 930 quilômetros até cair no Mar do Japão.
O órgão afirma que análises estão sendo realizadas para determinar com maior exatidão qual tipo de projétil foi utilizado.
No início do ano, Kim Jong-un afirmou que a Coreia do Norte estava próxima de desenvolver um ICBM capaz de alcançar o território norte-americano. A agência estatal de notícias Yonhap informou que o Hwasong-14 poderia ter percorrido uma distância de até 6 mil quilômetros.
O lançamento
O lançamento ocorre às vésperas do encontro dos líderes dos países do G20. Onde será discutido o programa nuclear da Coreia do Norte. O regime norte-coreano desafia constantemente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e as sanções impostas pelos Estados Unidos e a Coreia do Sul.
– Esse cara não tem nada melhor para fazer na vida? – afirmou através do Twitter o presidente dos EUA, Donald Trump, criticando Kim Jong-un. "Difícil acreditar que a Coreia do Sul e o Japão vão tolerar isso por mais tempo.
A Casa Branca informou que Trump mencionou o programa de mísseis de Pyongyang durante conversa telefônica com o presidente chinês, Xi Jinping. Segundo apurou o jornal norte-americano New YorK Times, citando fontes anônimas, Trump teria dito ao líder chinês que estaria pronto para agir por conta própria contra a Coreia do Norte.