O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou nesta quarta-feira que decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a divisão do fundo partidário diz respeito às bancadas e que, agora, não lhe cabe nenhuma iniciativa.
- Se esse tema vier pelos líderes à presidência, tomarei a decisão a partir de um posicionamento dos líderes. Evidentemente é um tema que tem a delicadeza de haver interesses de um lado e de outro acaba havendo conflito -, disse.
- Não trabalho nem identificando interesses nem tampouco quanto ao que é justo. O TSE seguramente decidiu de acordo com as leis, se alguém achar que não foi justo, que mude a lei -, completa.
O critério anterior estabelecia que partidos com nenhuma ou mínima representação parlamentar, desde que tivessem os estatutos registrados no TSE, recebiam 1% de uma quota de 71% do montante do fundo. Pela nova regra, as pequenas legendas terão direito a entrar na divisão de 42% do fundo partidário.
Para se ter uma idéia de como essa nova distribuição vai beneficiar os pequenos partidos, o TSE comparou os valores recebidos entre uma legenda maior e uma menor.
O PT no final de 2006 recebeu R$ 24,131 milhões e o PCdoB, uma legenda com menos representantes eleitos, recebeu R$ 858,9 mil. Para 2007, com os novos critérios, estima-se que o PT venha a receber R$ 13,068 milhões e o PCdoB R$ 3,442 milhões.
A previsão orçamentária do fundo partidário em 2007 é de R$ 126,4 milhões, que serão repartidos entre 28 legendas, além das multas eleitorais que forem aplicadas no ano.
Chinaglia espera posição de líderes sobre divisão do fundo partidário
Quarta, 07 de Fevereiro de 2007 às 15:12, por: CdB