Domingo, 02 de Fevereiro de 2020 às 11:55, por: CdB
O surto do novo coronavírus ainda é “grave e complicado” disse o vice-governador de Hubei, Xiao Juhua, em entrevista a jornalistas.
Por Redação, com agências internacionais - de Pequim
A China elevou neste domingo medidas para conter a epidemia de coronavírus e ancorar a economia atingida por restrições de viagens e fechamentos de empresas, enquanto a primeira morte causada pela infecção foi registrada fora do país.
Um chinês de 44 anos de idade da cidade de Wuhan, na província de Hubei, epicentro da epidemia, viajou para as Filipinas e morreu lá no sábado, informou o Departamento de Saúde das Filipinas.
O surto do novo coronavírus ainda é “grave e complicado” disse o vice-governador de Hubei, Xiao Juhua, em entrevista a jornalistas.
Casos suspeitos
Um total de 304 pessoas morreram vítimas do coronavírus na China, informou a Comissão Nacional de Saúde neste domingo. As infecções na China subiram para 14.380 até o sábado, depois de registrarem o maior aumento diário, disse a comissão.
Outros 171 casos adicionais foram reportados em mais de 20 países e regiões, incluindo Estados Unidos, Japão, Tailândia, Hong Kong e Inglaterra. No Brasil, onde ainda não há registro de infecções confirmadas, os casos suspeitos subiram no sábado de 12 para 16.
A China está enfrentando crescente isolamento, conforme são adotadas restrições de viagens por outros países, companhias aéreas suspendem voos e governos retiram seus cidadãos da nação asiática. O pânico arrisca gerar uma desaceleração ainda maior da segunda maior economia do mundo.
Trabalho
O banco central da China afirmou que vai injetar 1,2 trilhão de iuans (173,8 bilhões de dólares) em liquidez aos mercados na segunda-feira, em uma medida para preparar o país para a reabertura das bolsas após o prolongado feriado do Ano Novo Lunar.
Em Pequim, alguns shopping centers continuaram abertos durante o feriado, mas funcionários usando máscaras ficaram do lado de fora das lojas para testar a temperatura dos clientes. Muitas outras lojas e cafés da capital chinesa e de outras cidades preferiram fechar as portas.
— Não podemos ficar sem trabalhar e ficar sem dinheiro. Eu prefiro trabalhar a ter de ficar em casa sem fazer nada — disse Wu Caixia, um funcionário de um restaurante, em Pequim.