Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

Cármen Lúcia mantém gabinete em atividade nestes sábado e domingo

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Sábado, 28 de Janeiro de 2017 às 12:19, por: CdB

A morte do ministro e relator dos processos da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, na queda de avião, semana passada, em Paraty (RJ), deixou algumas questões pendentes para Cármen Lúcia

 

Por Redação - de Brasília

 

Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e plantonista durante o recesso do Judiciário, a ministra Cármen Lúcia permanecerá na Capital Federal, durante este fim de semana. Ela quer avaliar e decidir-se sobre as delações de 77 executivos da empreiteira Norberto Odebrecht. O gabinete da ministra ficará ativo, durante os próximos dias, em virtude do volume de trabalho que a magistrada assumiu. Depende de seu julgamento o ritmo que o processo da Lava Jato alcançará nos próximos dias.

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Cármen Lúcia e Temer se mobilizam para definir quem ocupará o cargo do ex-ministro Teori Zavascki

Apesar da celeridade aos processos referentes à delação da Odebrecht, é pouco provável, segundo analistas políticos ouvidos pela reportagem do Correio do Brasil, que a ministra convoque a mídia para anunciar sua decisão acerca das homologações.

Cármen Lúcia é a
plantonista do STF

O ritmo mais intenso no julgamento do processo, ainda de acordo com atores da cena política, ocorre devido à presença de um número jamais visto de suspeitos, com foro privilegiado, no âmbito das investigações. Entre eles o presidente de facto, Michel Temer, e vários de seus colaboradores.

A morte do ministro e relator dos processos da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, na queda de avião, semana passada, em Paraty (RJ), deixou algumas questões pendentes. Coube à ministra Cármen Lúcia a tarefa de julgar as homologações e a definição da escolha para a relatoria do processo.

Momento adequado

Analistas avaliam que, a qualquer tempo, nos próximos dias, a presidente do STF poderá definir os destinos dos executivos implicados no processo de delação premiada. Entre eles do ex-executivo Marcelo Odebrecht. No posto de plantonista do STF, durante o recesso, compete à magistrada a decisão de questões urgentes, até o dia 31 de janeiro.

A tese de que Cármen Lúcia poderá apresentar uma decisão sobre as delações, nas próximas horas, ganha força no pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ele encaminhou ao STF, na última terça-feira, um pedido de urgência para a homologação das delações. Com base na requisição, a presidente do Supremo poderá autorizar as homologações antes do início dos trabalhos, no dia 1º de fevereiro.

A abertura do ano judiciário, prevista para a próxima quarta-feira, seria assim um momento adequado para a ministra anunciar sua decisão.

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