Rio de Janeiro, 28 de Dezembro de 2025

Campinas : Justiça proíbe revista íntima em presídios

A revista íntima corporal nos estabelecimentos prisionais da região de Campinas (SP) foi proibida por ser considerada vexatória e atentar contra a dignidade da pessoa humana

Terça, 01 de Agosto de 2017 às 10:33, por: CdB

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o pedido de proibição foi feito pela Defensoria Pública por meio de ação civil pública

Por Redação, com ABr - de São Paulo:

A revista íntima corporal nos estabelecimentos prisionais da região de Campinas (SP) foi proibida por ser considerada vexatória e atentar contra a dignidade da pessoa humana. Além disso, a Fazenda Pública foi condenada a pagar R$ 350 mil em favor do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos, por danos morais coletivos. A determinação foi dada na última semana pelo juiz Bruno Paiva Garcia.

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Justiça proíbe revista íntima em presídios na região de Campinas

Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o pedido de proibição foi feito pela Defensoria Pública por meio de ação civil pública. Na decisão, o juiz destacou que “o escâner corporal, na forma já prevista na legislação estadual. É alternativa segura à revista íntima. Porque resguarda-se a segurança do estabelecimento, sem exposição do visitante ao ridículo desnudamento”. Garcia também afirmou que o Estado pode obrigar o preso a se despir, se for necessário para a segurança do estabelecimento penal. Mas não pode fazer o mesmo com o familiar do preso.

Comunicação oficial

De acordo com nota enviada pela Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP). Até o momento não foi protocolado qualquer documento de intimação ou comunicação oficial proibindo a revista corporal em visitantes das unidades prisionais da região de Campinas.

A nota diz ainda que está em andamento uma licitação para instalar aparelhos de inspeção corporal em presídios do Estado. Esses aparelhos, será possível fazer as revistas em visitantes. A partir das imagens geradas pelo equipamento, identificando possíveis ilícitos. Como drogas e celulares, de maneira rápida e eficiente.

Escâneres corporais

– Os  escâneres corporais serão instalados em penitenciárias, centros de Detenção Provisória, Centro de Readaptação Penitenciária e hospitais de Custódia e Tratamento Psiquiátrico. A modalidade de concorrência é o pregão eletrônico.  A empresa vencedora da licitação será responsável por fornecer e instalar os equipamentos. A infraestrutura necessária nos locais determinados pela SAP. Devendo prover manutenção preventiva, corretiva e suporte técnico para a solução fornecida, sem qualquer ônus adicional. Após a assinatura, o contrato terá vigência por 30 meses – acrescenta a nota.

Segundo as informações da SAP, em dias de visita é comum que os agentes apreendam objetos e materiais não permitidos nas unidades prisionais de todo o Estado com pessoas que tentam burlar a segurança.

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