Rio de Janeiro, 28 de Dezembro de 2025

Caminhoneiros bloqueiam BR-116 contra aumento do diesel em SC

A rodovia BR-116 foi fechada nesta terça-feira por caminhoneiros na altura do município de Santa Cecília, na serra catarinense

Terça, 01 de Agosto de 2017 às 10:19, por: CdB

O motivo do bloqueio é a greve geral dos caminhoneiros que protestam contra o aumento do preço do diesel

Por Redação, com ABr e RBA - de Porto Alegre/São Paulo:

A rodovia BR-116 foi fechada nesta terça-feira por caminhoneiros na altura do município de Santa Cecília, na serra catarinense. Desde as 5h da manhã, a pista está bloqueada para caminhões nos dois sentidos.

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Caminhoneiros bloqueiam BR-116 em Santa Catarina contra aumento do diesel

O motivo do bloqueio é a greve geral dos caminhoneiros que protestam contra o aumento do preço do diesel.

Segundo a Autopista Planalto Sul, concessionária que administra aquele trecho da rodovia, cerca de 200 manifestantes desviaram os caminhões para os pátios dos postos de combustível.

Carros leves e ambulâncias estão passando normalmente pelo bloqueio. A orientação da concessionária para os motoristas destes veículos é que o tráfego seja feito com cuidado pelo local.

Algumas horas depois do bloqueio em Santa Cecília, a BR-116 também foi interditada para caminhões em São Cristóvão do Sul e em Lages. Outro bloqueio foi registrado no litoral norte catarinense, na BR-101, no município de Itajaí.

O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros, José da Fonseca Lopes, está reunido com motoristas para tratar da greve geral.

À Agência Brasil ligou para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Santa Catarina, mas não conseguiu contato até a publicação desta matéria.

Ferroviários e metroviários de SP

Ferroviários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) decidiram, em assembleias no início na noite anterior, suspender a greve que estava marcada para começar nesta terça-feira. Devido a uma redução nos salários.

Eles vão aguardar nova audiência de conciliação marcada para esta quarta, no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT2). E ameaçam cruzar os braços a partir da prósma sexta-feira, se não houver acordo.

Os metroviários de São Paulo, que finalizaram assembleia por volta de 20h40. Também suspenderam o movimento previsto para esta quarta. Mas se manterão em "Estado de greve".

Transporte coletivo

Embora sejam do transporte coletivo e tenham o mesmo empregador. O governo paulista, as motivações das categorias são diferentes neste momento. Os metroviários buscam resistir a tentativas de privatização da Companhia do Metropolitano (Metrô). Inicialmente em todas as bilheterias e também na Linha 5-Lilás e na 17-Ouro (monotrilho). E os ferroviários protestam contra uma decisão da CPTM de reduzir em 3,51% os salários. Com base em uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) referente a dissídio coletivo de 2011.

No dia 28 de julho, não houve acordo em audiência de conciliação dos ferroviários comandada pelo vice-presidente judicial do TRT2, Carlos Roberto Husek. Ele propôs parcelar o desconto em duas vezes. A primeira em agosto (1%) a segunda em dezembro (2,51%).

A título de compensação, sugeriu uma "movimentação interna e uniforme" dos funcionários entre janeiro e fevereiro de 2018. "A categoria não aceita essa proposta". Disse o presidente do Sindicato dos Ferroviários de São Paulo, Eluiz Alves de Matos.

CPTM

Antes, o Tribunal havia deferido liminares que restringiam as possíveis paralisações, tanto no caso da CPTM como no Metrô. No primeiro caso, o vice-presidente judicial determinou manutenção de 80% do efetivo de todos os serviços de operação das 4h às 10h e das 16h às 21h – para os demais, 60%. Ele também proíbe a liberação de catracas aos usuários.Foi fixada multa de R$ 100 mil/dia.

Para o Metrô, o desembargador Willy Santilli também fixou 80% para os períodos das 6h às 9h e das 16h às 19h. O valor da multa é o mesmo.

A representação dos ferroviários se divide em três sindicatos da categoria, além dos engenheiros: o dos trabalhadores em empresas ferroviárias (filiado à UGT) inclui as linhas 7-Rubi e 10-Turquesa, o da Central do Brasil (CUT) tem a 8-Diamante e a 9-Esmeralda e o da Sorocabana, as 11-Coral e 12-Safira. No total, são 92 estações em 22 municípios, em um total de 260,8 quilômetros. No ano passado, a média de passageiros transportados foi de 2,7 milhões em dias úteis.

Já o Metrô transportou, em média, 3,7 milhões de passageiros por dia útil. As linhas mais movimentadas são a 3-Vermelha (média de 1,409 milhão/dia) e a 1-Azul (1,371 milhão). São mais 652 mil na Linha 2-Verdade e 260 mil na Linha 5-Lilás. Na Linha 4-Amarela, administrada pelo setor privado em regime de concessão, a média é de 700 mil por dia.

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