Rio de Janeiro, 18 de Março de 2025

Briga interna no PSDB mostra fragilidade na liderança de Alckmin

Goldman, nesta terça-feira, não poupou o dublê de empresário e executivo paulistano. Em um ataque frontal, disse a jornalistas que o prefeito de SP, João Doria (PSDB), "é um mentiroso”.

Terça, 12 de Dezembro de 2017 às 14:38, por: CdB

Goldman, nesta terça-feira, não poupou o dublê de empresário e executivo paulistano. Em um ataque frontal, disse a jornalistas que o prefeito de SP, João Doria (PSDB), "é um mentiroso”.

 

Por Redação - de São Paulo

 

Quando o ex-governador Alberto Goldman (PSDB-SP) era presidente interino da legenda, até semana passada, não escondia o desafeto por João Dória, prefeito da capital paulista. Depois que o governador Geraldo Alckmin assumiu o posto, Goldman sentiu-se livre para disparar contra Dória; sem medo de sofrer retaliações do aliado e candidato à Presidência da República. O fato, no entanto, mostra que Alckmin não assumiu, ainda, o controle sobre a legenda.

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Goldman detonou uma bomba política, de efeito moral, contra João Dória. Ambos são do PSDB

Goldman, nesta terça-feira, não poupou o dublê de empresário e executivo paulistano. Em um ataque frontal, disse a jornalistas que o prefeito de SP, João Doria, "é um mentiroso”.

PSDB dividido

Ele negou ter recebido dele qualquer pedido de desculpas por ter criticado a administração. Deixou claro que o prefeito jamais se desculpou por chamá-lo de fracassado.

— Nunca conversamos sobre isso. — desconversou Goldman.

Em entrevista publicada na edição de sábado de um dos diários conservadores paulistanos, Doria afirmou que Goldman "já pediu desculpas a mim e eu já falei com ele", também para se desculpar. Era mentira, segundo Goldman.

— Eu nem tinha por que me desculpar. Não ofendi ninguém. E, se ele tivesse me procurado, eu não teria nem conversado. Ele me faz uma ofensa desse nível, dizendo que minha história inteira não valeu nada. Vai se desculpar de quê? — questionou.

Mão pesada

Goldman disse que, na época, reconheceu que errou ao dizer que todas as licitações da prefeitura eram dirigidas.

— Ofendi outras pessoas e foi com elas que me desculpei — afirma.

O ex-governador, no entanto, pesou a mão nas críticas ao correligionário tucano. Em outubro, afirmou num vídeo que, em nove meses de administração Doria, nascera um candidato a presidente. Mas um prefeito, ainda não.

— Agora, o candidato a presidente morreu. E nasceu um candidato a governador (o prefeito estaria pensando em concorrer ao cargo] — concluiu.

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