Por Redação, com Reuters e DW - de São Paulo e Berlim:
O principal índice da Bovespa despencava quase 6% no começo do pregão desta segunda-feira e voltava aos seus menores níveis de abril de 2009, contaminado pela forte aversão a risco global e com o quadro político doméstico instável reforçando o viés negativo. Às 10:16, horário de Brasília, o Ibovespa caía 5,71%, a 43.108 pontos.
Às 10:16 desta segunda-feira, horário de Brasília, o Ibovespa caía 5,71%, a 43.108 pontos
Na China, as bolsas de Xangai e Shenzhen desabaram mais de 8% cada nesta sessão, reforçando o quadro de preocupações com a segunda maior economia do mundo, que vem afetando o apetite por ativos de risco.
Mercado alemão
Nesta segunda-feira o Dax, principal índice do mercado financeiro alemão, ficou abaixo dos 10 mil pontos, pela primeira vez desde janeiro, após as turbulências nos mercados asiáticos. O índice chegou a cair 3,6%.
Também outras bolsas europeias registraram queda no início da nova semana de negócios. O índice da zona do euro Euro Stoxx 50 caiu até 5,6%. Os mercados de ações asiáticos foram os mais fortemente afetados. O Shanghai Composite Index chegou a recuar 9%, a pior queda em mais de oito anos. O índice japonês Nikkei fechou em queda de 4,6%, ficando pela primeira vez em cinco meses sob a marca de 19 mil pontos. O governo da China cogita, segundo o Wall Street Journal, adotar diversas medidas para sustentar a economia e o mercado financeiro.
Se durante anos as grandes potências econômicas se beneficiaram do rápido crescimento da China, agora a preocupação que a época de aceleração econômica chinesa esteja chegando ao fim.
Perspectivas pessimistas
A segunda maior economia do mundo cresceu, de janeiro a junho deste ano, 7% em relação ao primeiro semestre de 2014. No entanto, o crescimento foi o mais fraco dos últimos 25 anos. Outros mercados emergentes, como Brasil, também enfrentam desaquecimento.
Para investidores, o que interessa são as perspectivas futuras, mas as estimativas não prometem melhoria. Especialistas acreditam que a tendência de desaceleração da economia da China deve continuar por algum tempo.
O banco central chinês tenta combater a atual tendência, desvalorizando a moeda chinesa yuan, para tornar mais baratas as exportações do país. Muitos acionistas consideram a medida uma prova de que a economia chinesa vai mal das pernas. Os preços de matérias-primas da indústria, como petróleo e cobre, também caíram sensivelmente.
As ações de montadoras automobilísticas alemãs, para as quais a China é um dos principais mercados, estão entre as mais afetadas. As ações da Daimler e a da BMW caíram nesta segunda-feira mais de 3%, cada. Nos últimos dias, más notícias do mercado automobilístico chinês já haviam feito as ações perderem valor.
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