Bope ocupa nove favelas do Rio sem disparar um tiro sequer
A iniciativa do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Estado do Rio concluiu, na tarde deste domingo, a instalação de uma base no Complexo São Carlos, Centro do Rio. A ação contou com o apoio de cerca de 700 policiais, incluindo 170 do Bope. Um trator da corporação retirou as barreiras deixadas pelos traficantes para dificultar a movimentação das tropas no morro.
Domingo, 06 de Fevereiro de 2011 às 14:04, por: CdB
A iniciativa do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Estado do Rio concluiu, na tarde deste domingo, a instalação de uma base no Complexo São Carlos, Centro do Rio. A ação contou com o apoio de cerca de 700 policiais, incluindo 170 do Bope. Um trator da corporação retirou as barreiras deixadas pelos traficantes para dificultar a movimentação das tropas no morro. Foram mobilizados, ainda, caminhões da Comlurb para transportar o entulho e o lixo acumulado no alto do morro, numa localidade conhecida como Larguinho.
Comandante do Bope, o tenente-coronel Wilman René acompanhou a operação de montagem da base e, como afirmou, o local será um centro provisório de comando de ações até a instalação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A instalação da base teve início logo após a ocupação feitas pelos policiais, que chegaram ao alto do morro e acenderam sinalizadores azuis em cada uma das nove favelas ocupadas. As forças de segurança não trocaram de tiros com os traficantes em Santa Tereza e no Complexo do São Carlos.
A ocupação das comunidades no Centro da cidade foi anunciada há duas semanas pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB). O aviso, segundo o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, faz parte da estratégia de evitar confronto com traficantes durante a ocupação, reduzindo o risco de vítimas entre moradores
Apoio da Marinha
A ocupação de favelas, nesta manhã, contou com o suporte de um blindado da Marinha, que destruiu um carro, um Passat verde, ano 82, que estava estacionado na rua Luarindo Rabelo, no Complexo São Carlos, no centro.
– Eles (os militares que conduziam o blindado) jogaram o tanque de propósito (em cima do carro). Foi barberagem. Se eles passaram subindo, como não conseguiram descer – disse o eletricista Sebastião da Silva Machado, 57, proprietário do automóvel destruído.
Segundo ele, o blindado subiu a rua até o topo do morro sem atingir o Passat, mas na volta transformou o carro em um monte de ferro retorcido. O proprietário acrescentou que o Passat estava sem gasolina e, por isso, ficou estacionado na rua.
– Reformei esse carro há pouco tempo. A porta era nova, o banco também. Um carro desses deve valer uns R$ 3.000 a R$ 4.000 – lamentou.
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