Segundo a assessoria da Polícia Militar (PM), viaturas da Patrulha Tático Móvel e da Ronda Tático Motorizada chegaram a disparar nos pneus da viatura conduzida pelo bombeiro; para interromper o curso do veículo.
Por Redação - de Brasília
Policiais militares pararam um ataque em curso ao Congresso, nesta madrugada. Um caminhão do Corpo de Bombeiros que chegou até a Esplanada dos Ministérios, em alta velocidade, foi detido a tiros. O veículo foi roubado por volta da 1h30, do 8º Grupamento de Bombeiro Militar, em Ceilândia Norte. O veículo circulou por cerca de 30 quilômetros até o Eixo Monumental. Ao volante, o sargento Fabrício Marcos de Araújo teria planejado um ataque ao prédio do Legislativo.
Segundo a assessoria da Polícia Militar (PM), viaturas da Patrulha Tático Móvel e da Ronda Tático Motorizada chegaram a disparar nos pneus da viatura; para interromper o curso do veículo que, após rodar por mais de meia hora, chegava à Praça dos Três Poderes pela Via S1. O sargento foi encaminhado ao quartel de origem, onde recebeu voz de prisão. De acordo com a PM, ninguém ficou ferido.
Ato terrorista
Um colega do policial bombeiro disse a jornalistas ser impensável que o 2º sargento Araújo pudesse conduzir um ataque ao prédio da Câmara e do Senado.
— Até ontem ele estava ótimo. Não pensava que isso ia acontecer — relatou. Ele acredita que o militar foi vítima de um "surto".
O colega de farda, que pediu para não ser identificado, disse ter certeza de que a intenção do bombeiro não era promover nenhum tipo de ato terrorista; nem machucar inocentes.
— Ele não é terrorista. Também não é muçulmano, nem perdeu recentemente um filho, como andam dizendo — afirmou.
Surto
Na internet, circula um áudio gravado por Fabrício Araújo, enquanto ainda dirigia o caminhão. Enquanto corria pelas avenidas de Brasília, ele afirmou que não queria machucar civis. Seu objetivo era o Congresso.
— No Congresso, eu paro. Não vou matar ninguém. Não vou atropelar ninguém. Não vou passar por cima de ninguém. No Congresso Nacional, eu paro — disse.
Seus colegas confirmaram ser a voz do suspeito.
Ainda segundo o bombeiro da mesma guarnição, Araújo, 44, é motorista profissional e tem 24 anos na corporação. É casado, tem dois filhos e mora em Ceilândia. Desde que soube do ocorrido, a família ficou "muito abalada" e está recebendo apoio de outros bombeiros. Estes já teriam acionado advogados para sua defesa.
— Disseram que ele tinha surtado, estava enlouquecido, pegado um caminhão e saindo dirigindo. Até agora não entendemos o que aconteceu — relatou o colega.