Segundo a Polícia Civil, o homem abordava as vítimas nas redes sociais e apresentava 50 desafios, incluindo automutilação e, por fim, o suicídio
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro:
Policiais civis prenderam nesta terça-feira um homem de 23 anos, acusado de aliciar crianças e adolescentes para o desafio da Baleia Azul. Ele foi preso em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense e, segundo a Polícia Civil, confessou ter cooptado cerca de 30 vítimas para o jogo, que incita ao suicídio.
Além do mandado de prisão contra o homem, policiais cumprem 24 mandados de busca e apreensão em nove Estados. Segundo a Polícia Civil, o homem abordava as vítimas nas redes sociais. Ele apresentava 50 desafios. Incluindo automutilação e, por fim, o suicídio.
Para garantir que as vítimas permanecessem no jogo, o homem fazia ameaças de morte a elas e a membros de sua família. A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática da Polícia Civil do Rio começou a monitorar as redes sociais. Também encaminhou ofícios a escolas e postos de saúde para que fossem reportados casos de automutilação envolvendo menores de idade.
Foram encontradas 15 vítimas, todas com ferimentos e em Estado de depressão. Nenhum caso de suicídio foi registrado.
Policiais mortos
Com a morte do cabo Bruno dos Santos Leonardo, de 29 anos, na segunda-feira, subiu para 88 o número de policiais militares mortos no Rio de Janeiro desde o início do ano. Leonardo foi vítima de uma emboscada, na hora da rendição das equipes de policiais, na Base Avançada do Telégrafo, que faz parte da comunidade da Mangueira, na Zona Norte da cidade.
Atingido por um tiro na cabeça. O cabo morreu ao chegar ao Hospital Quinta d'Or, que fica perto da Mangueira. Um policial que estava com Leonardo foi baleado na perna. Ele também foi levado para o Quinta d’Or. Operado, o agentel está em observação, mas fora de perigo.
O número de policiais mortos neste ano no Rio de Janeiro já supera em 10 o número dos que foram assassinados em 2016. Entre os policiais militares mortos em 2017, 18 estavam em serviço, 53 de folga e 17 já estavam reformados, na reserva.
O Disque-Denúncia colocou nas redes sociais um pedido de paz e um basta para a morte de policiais. O serviço apela à população para que ajude a localizar o chefe do tráfico de drogas no morro da Mangueira, Reginaldo dos Santos Sena, o Dedé. Ele é suspeito de ter comandado a ação contra os militares no morro do Telégrafo. O contato pode ser feito pelo WhatsApp ou pelo telefone 2253-1177. O anonimato é garantido.
O cabo Bruno Leonardo estava na Polícia Militar há seis anos, era casado e deixa uma filha e um enteado.