Explosões ocorreram em Cabul, atingindo centro cultural xiita que abrigava evento em lembrança do aniversário de 38 anos da invasão soviética ao país. Grupo terrorista “Estado Islâmico” assumiu responsabilidade
Por Redação, com DW e Sputnik - de Cabul:
Pelo menos 40 pessoas morreram e cerca mais de 55 ficaram feridas nesta quinta-feira em várias explosões contra um centro cultural xiita em Cabul. O prédio é sede de um centro cultural xiita onde ocorria um evento no momento das detonações. O grupo islamista “Estado Islâmico” (EI) assumiu responsabilidade pelo atentado.
– O alvo do ataque foi o centro cultural Tabayan. Uma cerimônia estava sendo realizada por ocasião do 38º aniversário da invasão soviética do Afeganistão, quando ocorreu uma (primeira) explosão – informou o porta-voz adjunto do Ministério do Interior, Nasrat Rahimi. Muitas das vítimas eram estudantes, que no momento participavam de um debate.
Além do centro cultural, que inclui uma mesquita, o prédio abriga escritórios da agência de notícias afegã Sada-e-Afghan (voz afegã); inicialmente também considerada como possível alvo do ataque.
Segundo as autoridades, a primeira explosão foi causada por um homem-bomba dentro do edifício. Quando as pessoas corriam para resgatar os afetados; ocorreram pelo menos duas outras detonações do lado de fora do prédio.
Ataque
A capital afegã tem sido alvo este ano de graves atentados. No final de maio, Cabul registrou o pior atentado no país desde 2001, quando um caminhão carregado de explosivos fez 150 mortos e mais de 300 feridos.
Desde o final da missão de combate da Otan, em janeiro de 2015, Cabul tem perdido terreno para os rebeldes, controlando atualmente apenas 57% do país.
Índia-Paquistão
Segundo anúncio feito nesta quinta-feira; o número de violações de direitos contra civis aumentou, violando a trégua acordada entre os países desde 2003.
O número de violações do cessar-fogo entre o Paquistão e a Índia na disputa pelo estado de Jammu e Caxemira aumentou visivelmente, em 2017; com mais de 50 civis mortos em confrontos armados ao longo do ano; segundo afirmou nesta quinta-feira o major general Asif Ghafoor, porta-voz das Forças Armadas do Paquistão.
Este ano, "52 civis foram vítimas de 1.813 violações do cessar-fogo, enquanto outros 254 foram feridos", disse Ghafoor em entrevista coletiva.
O porta-voz refutou as afirmações da Índia de que o Paquistão manteve uma presença militar em Caxemira.
– Nós apoiamos e continuaremos a prestar apoio político, diplomático e moral aos irmãos da Caxemira. Você não poderá nos atrair para essas aventuras não profissionais que têm o objetivo; de reforçar alegações de suposta interferência da nossa parte nos assuntos da área ocupada da Caxemira – afirmou Ghafoor.
A região de Jammu e Caxemira é disputada entre a Índia e o Paquistão; desde o fim do governo britânico em 1947. Após vários conflitos armados, os dois países concordaram em um cessar-fogo em 2003. Desde então, ambos os lados se acusaram repetidamente de violar a trégua; com a contínua instabilidade na região, levando ao surgimento de vários grupos extremistas.