O programa de combate à fome do Sesc-Rio ganha a adesão músicos da MPB. Artistas como Ney Matogrosso, Tony Garrido, Paulo Moura e Carlos Malta sobem ao palco do Canecão, em Botafogo, Zona Sul da cidade, no show de lançamento do selo musical da entidade. O selo não tem fins lucrativos e todo o dinheiro arrecadado com a venda dos CD's vai para o Banco Rio de Alimentos, criado há quatro anos, pelo Sesc-Rio.
Diariamente são atendidas mais de 10 mil crianças, idosos e portadores de doenças e deficiências físicas de 89 instituições assistenciais, mas ainda existem 150 instituições cadastradas a espera de atendimento. De dezembro de 2000 até novembro de 2004 o Banco arrecadou 1.700 toneladas de alimentos doados por cerca 87 empresas que participam sistematicamente do programa.
De acordo com o Mapa da Fome II, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas, em setembro de 2003, o Estado do Rio de Janeiro ocupava o quinto lugar no ranking da miséria no país, com 2,8 milhões de pessoas - 19,45% da população - , vivendo abaixo da linha de pobreza, com renda de R$2,63 por dia. Um relatório da Organização para Agricultura e Alimentação (FAO) entidade ligada à Organização das Nações Unidas (ONU), revela que o Brasil está entre os dez países que mais desperdiça alimentos - 35% da produção agrícola vão para o lixo -, o suficiente para alimentar mais de dez milhões de pessoas por dia.
O relatório também mostra que 55 milhões de brasileiros - 35% da população - são pobres e que 21 milhões vivem abaixo da linha de pobreza e sobrevivem de doações.