Rio de Janeiro, 31 de Dezembro de 2025

Arenas olímpicas vão sediar eventos de alto rendimento

Autarquia federal responsável pela gestão da estrutura da Olimpíada de 2016, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico

Quinta, 22 de Junho de 2017 às 12:16, por: CdB

Pela proposta, as arenas Carioca 1 e 2, a de Tênis e o Velódromo devem ser ocupadas com competições esportivas de alto rendimento

Por Redação, com ACS - do Rio de Janeiro:

Autarquia federal responsável pela gestão da estrutura da Olimpíada de 2016, a Autoridade de Governança do Legado Olímpico (Aglo) apresentou um plano para o uso das arenas do Parque Olímpico do Rio de Janeiro. 

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Autoridade de Governança do Legado Olímpico apresentou planejamento do uso do Parque Olímpico do Rio

Pela proposta, as arenas Carioca 1 e 2, a de Tênis e o Velódromo devem ser ocupadas com competições esportivas de alto rendimento e também devem sediar eventos culturais e sociais. A Aglo também indicou que o espaço pode oferecer serviços de órgãos como Detran, Correios, bancos, restaurante e lojas de equipamentos esportivos.

O planejamento vai ao encontro do Plano Nacional do Esporte, que descreve que cabe ao governo federal manter e organizar os centros olímpicos, além de integrá-los à Rede Nacional de Treinamento, para incentivar o esporte de rendimento.

Ao todo, o governo federal investiu R$ 2 milhões na construção dos equipamentos. A AGLO tem previsão de ser extinta em 30 de junho de 2019, e o orçamento para a manutenção dos equipamentos para 2017 é R$ 45 milhões.

Bolsa Pódio

A segunda lista da Bolsa Pódio, a mais alta categoria da Bolsa Atleta, foi anunciada na semana passada, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro. Mais 56 atletas irão receber o benefício, entre eles vários medalhistas dos Jogos Rio 2016.

Publicada em maio, a primeira lista contemplou 186 atletas olímpicos e paralímpicos, aprovados para bolsas mensais que variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil.

– Estou voltando ao Parque Olímpico com o pé direito, pois acabamos de assinar a Bolsa Pódio, que vai nos ajudar a conquistar mais medalhas. Até Tóquio 2020, sei que vai ter muitas competições, Mundiais, Parapan-Americanos, e saber que o Ministério do Esporte vai estar do nosso lado, nos apoiando, é de fundamental importância – afirmou o velocista alagoano Yohansson Nascimento.

Já a ginasta Flávia Saraiva destacou a importância da renovação do contrato com o benefício: "fiquei feliz quando soube que o ministério iria renovar a Bolsa Pódio. Esse benefício nos ajuda muito".

O ministro do Esporte, Leonardo Picciani, ressaltou que a manutenção da bolsa foi uma das prioridades da pasta. Mesmo diante de ajustes na economia. "Queremos que a atual geração de atletas e as futuras gerações tenham cada vez mais condições de estrutura, de boas equipes técnicas. Recursos tecnológicos, recursos humanos no apoio à sua preparação", afirmou.

O impacto da Bolsa Atleta foi visto nos Jogos Rio 2016: na edição olímpica, 77% dos 465 atletas convocados para defender o Brasil eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros. A maior campanha da história. Apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas. Já nos Jogos Paralímpicos, o Brasil teve a maior delegação da história. Com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. 

O programa

O Bolsa Atleta, criado em 2005 e considerado o maior programa de patrocínio individual do mundo. Já concedeu cerca de 51 mil bolsas para 20,7 mil atletas de todo o País. Apenas no exercício de 2016, 6.217 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas foram contemplados. Além de 1.080 de modalidades não olímpicas e não paralímpicas. Na década, os recursos destinados ao programa superam R$ 890 milhões.

Criada, em 2013, a categoria Bolsa Pódio tem o objetivo de patrocinar atletas com chances de medalhas e de disputar finais nos Jogos Rio 2016. E, agora, segue para o ciclo olímpico visando aos Jogos de Tóquio 2020. No período, foram contemplados 322 atletas, num investimento de R$ 60 milhões. Até maio deste ano, o desembolso do programa alcança a marca de R$ 83,5 milhões.

São apoiados atletas que tenham obtido bons resultados em competições nacionais e internacionais. O contemplado recebe o equivalente a 12 parcelas do valor definido na categoria. Atleta de Base (R$ 370); Estudantil (R$ 370). Nacional (R$ 925); Internacional (R$ 1.850); Olímpico/Paralímpico (R$ 3.100); e Pódio (R$ 5 mil a R$ 15 mil).

Novas listas

O prazo para indicação de atletas à Bolsa Pódio neste ciclo olímpico, conforme o primeiro edital. Lançado em dezembro de 2016, segue até 10 de outubro. Outras listas de contemplados devem ser publicadas até o fim deste ano. Para concorrer, o atleta deve estar em plena atividade. Vinculado a uma entidade de prática esportiva ou a alguma entidade nacional de administração do desporto e entre os 20 primeiros no ranking mundial da modalidade ou prova específica.

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