Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2025

Analistas preveem nova fase de declínio da economia com queda no PIB

Diante de recorrentes sinais de dificuldades da economia em imprimir um ritmo sustentado de crescimento, os economistas consultados no levantamento reduziram a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 a 2,70%, de 2,75% antes.

Segunda, 07 de Maio de 2018 às 16:24, por: CdB

Diante de recorrentes sinais de dificuldades da economia em imprimir um ritmo sustentado de crescimento, os economistas consultados no levantamento reduziram a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 a 2,70%, de 2,75% antes.

 

Por Redação - de Brasília

A perspectiva de crescimento da economia brasileira neste ano foi reduzida na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira; sob forte pressão da produção industrial, enquanto a expectativa para o dólar voltou a subir.

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Em 2018, a expectativa é de mais cortes na taxa Selic e queda no PIB

Diante de recorrentes sinais de dificuldades da economia em imprimir um ritmo sustentado de crescimento, os economistas consultados no levantamento reduziram a conta para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 a 2,70%, de 2,75% antes.

Importante pressão vem da produção industrial, cuja expectativa de expansão passou a 3,81%, de 4,28%. O ajuste vem depois de o setor ter terminado o primeiro trimestre estagnado, com queda inesperada na produção em março.

Dólar

Para 2019, permanecem as expectativas de crescimento de 3% do PIB e de 3,50% da produção industrial.

Outra revisão que os economistas promoveram no levantamento foi da taxa de câmbio, sendo que passaram a ver o dólar a R$ 3,37 ao final deste ano de R$ 3,35 antes. Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou ganho de 1,79%, na segunda semana seguida de alta em um rali recente que levou a moeda a alcançar o patamar de R$ 3,50.

As contas para a inflação permaneceram inalteradas em 3,49% este ano e em 4,03% em 2019, enquanto que o cenário para a política monetária permanece o mesmo, com corte esperado de 0,25 ponto percentual na Selic na reunião deste mês do BC.

Selic

Com a taxa básica de juros a 6,5% agora; os especialistas consultados no levantamento continuam vendo que ela terminará 2018 a 6,25% e 2019, a 8%. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também segue sem alterar sua visão, de Selic a 6,25 e 7,5%; respectivamente em 2018 e 2019.

Para alcançar a meta, o banco usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic; atualmente em 6,50% ao ano. Quando o Copom aumenta a Selic; o objetivo é conter a demanda aquecida. Isso gera reflexos nos preços; porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

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