A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve recorrer nesta sexta-feira ao plenário do Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo ou ao Superior Tribunal de Justiça em Brasília para manter a operação de Fokkers-100 e Boeings modelos 737/700 e 737/800 em Congonhas. Decisão do TRF determinou a interrupção das operações desses três tipos de aviões, o que afeta principalmente a Gol e a Ocean Air. Esta sexta-feira é o último dia do prazo de recurso.
Na decisão proferida às vésperas do Carnaval, a desembargadora Cecília Marcondes havia condicionado a restrição ao pouso desse aviões à prestação de maiores esclarecimentos técnicos sobre peso e necessidade de uso da pista durante o pouso de cada equipamento.
Mas as informações apresentadas pela Anac até agora não teriam convencido a desembargadora e, por isso, a agência prepara para esta sexta algum tipo de recurso. - Estamos ultimando os argumentos para apresentar até hoje um novo recurso - afirmou o presidente da Anac, Milton Zuanazzi.
Zuanazzi afirmou que o governo também está preocupado com a segurança dos pousos, mas que é melhor manter essas operações em Congonhas. - Se tivermos de redistribuir o fluxo de Congonhas, o aeroporto de Cumbica (Guarulhos) só teria capacidade para receber até 25% do movimento, e Viracopos (Campinas), 10%. O que faríamos com os demais 65%? - argumentou.
Infraero ameaça paralisar obras em Congonhas
O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, disse na tarde desta quinta-feira que as obras de reforma da pista auxiliar de Congonhas (SP) podem ser suspensas caso o aeroporto tenha pousos e decolagens restringidos por ordem judicial a partir de segunda.
- Se Congonhas for fechado como quer o Ministério Público vai ser um caos. Aí será necessário cancelar as obras da pista auxiliar. Se for mantida a restrição de operações daquelas aeronaves (Fokkers-100 e Boeings 737-800 e 737-700), teremos que rever o desenho da malha aérea brasileira. Já teríamos que fazer uma revisão por causa da reforma, mas se tiver impedimento de aeronaves é mais um complicador - comenta Pereira.
Briga na Justiça
A disputa judicial entre Anac e Infraero contra o Ministério Público de São Paulo começou no final de janeiro, quando os procuradores exigiram o fechamento da pista principal de Congonhas por não oferecer segurança aos passageiros. O juiz da 22ª Vara Civel Federal de São Paulo, Ronald de Carvalho Filho, concedeu liminar ao MP impedindo a operação dos Fokker-100 e dos Boeings 737-800 e 737-700 no aeroporto. A decisão foi tomada duas semanas antes do Carnaval - época do ano com maior movimento aéreo no País.
Anac recorre nesta sexta para manter vôos em Congonhas
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) deve recorrer nesta sexta-feira ao plenário do Tribunal Regional Federal (TRF) de São Paulo ou ao Superior Tribunal de Justiça em Brasília para manter a operação de Fokkers-100 e Boeings modelos 737/700 e 737/800 em Congonhas. (Leia mais)
Sexta, 23 de Fevereiro de 2007 às 08:40, por: CdB