Rio de Janeiro, 21 de Março de 2025

Alckmin já fala como candidato e promete privatizar o país todo

Alckmin também disse que, se for candidato e vencer as eleições, criará o Ministério da Segurança. Ele quer o governo federal em um papel mais ativo na questão da segurança pública.

Segunda, 27 de Novembro de 2017 às 14:34, por: CdB

Alckmin também disse que, se for candidato e vencer as eleições, criará o Ministério da Segurança. Ele quer o governo federal em um papel mais ativo na questão da segurança pública.

 

Por Redação - de São Paulo

 

Governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) falou nesta segunda-feira com ares de candidato à Presidência da República. Ele prometeu, se eleito, privatizar a maioria das 150 estatais federais. Não fosse suficiente, quer adotar uma agenda reformista que tire o que chamou de “Estado paquiderme” das costas dos trabalhadores e dos empreendedores. Não citou, porém, em seu discurso, as providências adotadas quanto às denúncias de corrupção que pesam contra ele. Alckmin é acusado, formalmente, por recebimento de propina no escândalo Siemens-Alstom.

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Alckmin está citado em mais de um processo que investiga corrupção ocorrida durante seu governo, no Estado de São Paulo

Alckmin também disse que, se for candidato e vencer as eleições, criará o Ministério da Segurança. Ele quer o governo federal em um papel mais ativo na questão da segurança pública; atualmente de responsabilidade dos Estados.

— Eu vou trabalhar para tirar das costas do trabalhador e do empreendedor brasileiro esse Estado paquiderme. Vou defender uma agenda reformista —disse Alckmin, em evento promovido pela revista semanal de ultradireita Veja.

Aliança eleitoral

Alckmin, que tem sido cotado para assumir a presidência do PSDB na convenção nacional do partido em 9 de dezembro, procurou se esquivar do assunto. Ele afirmou que um encontro na noite desta segunda entre o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador de Goiás, Marconi Perillo, pré-candidatos ao comando tucano, deverá definir este assunto.

A reportagem do Correio do Brasil apurou, no entanto, que tanto Perillo quanto Jereissati já chegaram a um consenso pelo qual o atual presidente, senador Aécio Neves (MG) seja afastado da cena política e Alckmin assuma a condução da legenda para as eleições de 2018.

De antemão, o governador negou que haveria conflito de interesse no caso de assumir a presidência tucana e disputar prévias internas para definir o candidato do PSDB à Presidência. Ele disse que, se for candidato, pretende fazer aliança eleitoral com “cinco, seis, sete partidos”.

Sem Dória

Seu pupilo, o prefeito de São Paulo, João Doria, foi mais um obstáculo removido. Nesta segunda-feira, Doria diz que se manifestará sobre uma eventual candidatura dele à Presidência da República somente na convenção nacional do partido; marcada para o início do próximo mês. Sabe-se nos bastidores, porém, que sua intenção já foi neutralizada.

Doria fez questão, sim, de reafirmar que nada vai afastá-lo do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Trata-se do principal fiador de sua entrada na política eleitoral no ano passado.

— Sobre esta questão eu vou me manifestar na convenção nacional do PSDB, no dia 9 de dezembro, em Brasília. De São Paulo nós sairemos unidos. São Paulo não dividirá o PSDB, pelo contrário — disse Doria, no mesmo evento em que estava Geraldo Alckmin.

Indagado se seria favorável a uma mudança na lei para impedir que eleitos renunciem aos mandatos para disputar outro cargo, Doria disse que, embora seja tucano, não caminharia “em cima do muro” e defendeu que a lei permaneça como está.

Sondagens

Eleito prefeito no ano passado, Doria fez uma série de movimentos típicos de um pré-candidato presidencial, incluindo várias viagens pelo país, e mais recentemente tem tido o nome ventilado para o governo de São Paulo na eleição do ano que vem.

O prefeito garantiu que, em nenhum momento, se colocou como presidenciável e tampouco pediu para que os institutos de pesquisa incluíssem seu nome nas sondagens visando a eleição presidencial de 2018.

Doria voltou a defender uma candidatura de centro para a Presidência no ano que vem. “Estarei apoiando essa corrente”, garantiu o tucano.

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