Rio de Janeiro, 16 de Dezembro de 2025

Zona do euro recebe bem as novas propostas gregas

Ministros das Finanças da zona do euro receberam bem as novas propostas gregas para um acordo de reformas em troca de recursos nesta segunda-feira, mas afirmaram que elas exigem estudo detalhado e que levará vários dias para determinar se podem levar a um acordo para evitar o default.

Segunda, 22 de Junho de 2015 às 12:01, por: CdB

Ministros das Finanças da zona do euro receberam bem as novas propostas gregas para um acordo de reformas em troca de recursos nesta segunda-feira, mas afirmaram que elas exigem estudo detalhado e que levará vários dias para determinar se podem levar a um acordo para evitar o default.

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Atenas tem que pagar 1,6 bilhão de euros ao FMI até 30 de junho
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou em entrevista à imprensa: "Vamos trabalhar muito duro nos próximos dias, as instituições com o governo grego, para chegar a esse acordo nesta semana." Os ministros concordaram em voltar a se reunir ainda nesta semana, após a Grécia ter discutido detalhes com seus credores internacionais da Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI). Dijsselbloem descreveu o documento grego como abrangente e "uma base para realmente reiniciar as conversas", mas disse que ainda é preciso ver se esses números se traduzem em finanças públicas gregas sustentáveis. Chefes de Estado e governos da zona do euro devem realizar uma cúpula de emergência sobre a crise nesta segunda-feira, mas autoridades já deixaram claro que não vão negociar detalhes do programa, apenas definir um cronograma político para um acordo. Questionado sobre sua avaliação das propostas gregas, transmitidas a Bruxelas nesta segunda-feira, o Comissário de Economia da UE, Pierre Moscovici, afirmou: "É uma base sólida, e finalmente global (para negociações), mas há mais trabalho a ser feito." Atenas tem que pagar 1,6 bilhão de euros ao FMI até 30 de junho ou será declarada em default, potencialmente provocando controles de capital para conter uma corrida a bancos e deixando a Grécia mais perto de sair da zona do euro. Com os correntistas já sacando dinheiro em massa, temendo controles emergenciais, o BCE elevou sua assistência emergencial de liquidez a bancos gregos pela terceira vez em uma semana. Na proposta enviada nesta segunda-feira, a Grécia decidiu sujeitar-se às exigências dos credores de aumento de impostos e reforma da previdência ao oferecer elevar a idade de aposentadoria dos gregos gradualmente para 67 anos e conter aposentadorias antecipadas. Também ofereceu reformar o sistema de imposto sobre valor agregado para determinar a alíquota básica em 23%.

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