Tsipras se declara otimista sobre o futuro da Grécia na zona do euro

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Publicado Sexta, 19 de Junho de 2015 às 07:09, por: CdB
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Segundo premiê, reunião de emergência de líderes "é um desenvolvimento positivo na estrada rumo a um acordo"
  O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, expressou nesta sexta-feira otimismo sobre o futuro do seu país na zona do euro e sobre a possibilidade de um acordo para um novo plano de resgate. Ele declarou que a reunião de cúpula de chefes de governo e de Estado dos 19 países da zona do euro, convocada para a próxima segunda-feira, "é um desenvolvimento positivo na estrada rumo a um acordo", acrescentando que quem aposta em "cenários de crise e terror" está errado. - Haverá uma solução baseada no respeito às regras e à democracia da União Europeia, a qual permitirá que Grécia retome o crescimento dentro da área do euro - disse Tsipras. Na segunda-feira, os ministros das Finanças da zona do euro não conseguiram chegar a um acordo sobre um novo plano de resgate para a Grécia. Diante do impasse, o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, convocou uma reunião de emergência dos chefes de governo e Estado para a próxima segunda-feira. Em entrevista ao diário austríaco Kurier, Tsipras afirmou que a saída da Grécia da zona do euro seria o começo do fim da moeda única. "O famoso 'grexit' não pode ser uma opção nem para os gregos nem para a União Europeia. Isso seria um passo irreversível, seria o começo do fim da zona do euro", declarou. - Isso seria muito negativo para os cidadãos da Europa. Mas devo lembrá-lo que o debate sobre um grexit começou quando se iniciou a implementação dos rígidos programas de poupança - disse. - O governo grego não consegue absorver os programas de poupança exigidos pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional. Os cortes também não seriam positivos para a economia grega. A Grécia não vai se tornar mais competitiva, e as dívidas também não serão reduzidas. O conceito inteiro precisa ser mudado - disse ele. A Grécia necessita desesperadamente de dinheiro até o final deste mês. No dia 30 expira o atual programa de resgate, e o país necessita devolver uma parcela de 1,6 bilhão de euros ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Outros 6,7 bilhões devem ser pagos ao Banco Central Europeu (BCE) em julho e agosto. Para poder honrar esse compromisso, o governo grego espera que seus credores internacionais, a Comissão Europeia, o BCE e o próprio FMI, paguem a última parcela do atual programa de resgate, de 7,2 bilhões de euros. Mas eles condicionam o pagamento à apresentação de um plano para resolver o problema do endividamento. Até agora, todas as propostas da Grécia foram recusadas, e as apresentadas pelos credores foram descartadas por Atenas. As diferenças levaram à suspensão das negociações no nível técnico.
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