Rio de Janeiro, 23 de Dezembro de 2024

Turquia concorda em combater jihadistas do EI

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Quarta, 05 de Agosto de 2015 às 08:57, por: CdB
Por Redação, com ABr - de Kuala Lampur: A Turquia vai começar em breve a combater o grupo jihadista Estado Islâmico no Norte da Síria, declarou o chefe da diplomacia turco, Mevlut Cavusoglu, durante encontro com o chefe de Estado norte-americano, John Kerry, na Malásia.  
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A posição mudou após ataques que causaram mortes em território turco
  - Atualmente, em conjunto com os Estados Unidos, treinamos e equipamos a oposição moderada (síria) e vamos também iniciar o nosso combate contra o Daesh (sigla árabe do Estado Islâmico), de modo eficaz - informou o ministro aos jornalistas no início do encontro, realizado paralelamente à cúpula regional sobre segurança, organizada pela Associação das Nações do Sudeste Asiático. - Depois será mais seguro para os opositores moderados que combatem o Daesh na região - adiantou. Os Estados Unidos há muito incentivam a Turquia, aliados históricos, a reforçar a luta contra o Estado Islâmico, mas Ancara tem se mostrado reticente. A posição mudou após ataques que causaram mortes em território turco, alguns dos quais foram atribuídos ao grupo jihadista. Desde então, a Turquia fez uma série de ataques aéreos, indicando que tinha como alvo militantes do Partido dos Trabalhadores (PKK) do Curdistão, no Norte do Iraque, assim como jihadistas do Estado Islâmico. Observadores afirmam que os combatentes do PKK foram visados muito mais frequentemente do que o Estado Islâmico nos ataques aéreos. Em julho, Ancara autorizou aviões militares norte-americanos a lançar ataques contra os jihadistas a partir de Incirlik, uma base aérea no Sul da Turquia. A iniciativa marcou um aumento significativo do papel da Turquia na luta contra os militantes do Estado Islâmico, que ocuparam territórios no Iraque e na Síria. ONU No final de julho, em um comunicado oficial, a OTAN exprimiu condolências aos familiares das vítimas dos atentados na Turquia e declarou que irá apoiar o país na sua luta contra o terrorismo. “Rechaçamos decididamente os ataques terroristas contra a Turquia e exprimimos as nossas condolências ao governo e aos familiares das vítimas de Suruc e de outros atentados contra policiais e militares”, declararam os representantes dos países-membros da Aliança. Em seu comunicado pessoal, publicado no site da OTAN, o seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, acrescentou que o terrorismo não tem justificação e que “nós [a Aliança] mantemos uma solidariedade firme com o povo e o governo da nossa aliada Turquia”. Operação antiterrorista No dia 28 de julho, uma operação de grande envergadura que começou no final da semana passada, as forças de segurança da Turquia detiveram 1.050 pessoas em 34 províncias do país. Os detidos são suspeitos de pertencer ao Estado Islâmico (grupo extremista reconhecido como organização terrorista e proibido em vários países, inclusive na Federação da Rússia) ao Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK) e ao Partido-Frente do Povo Revolucionário. O início da operação deve-se ao atentado que aconteceu no diaa 20 de julho na cidade de Suruc, perto da fronteira turco-síria. A explosão que se deu no centro cultural Amara, onde um grupo de jovens ativistas estava reunido para preparar uma viagem humanitária à cidade síria de Kobane, matou 32 pessoas, ferindo pelo menos 100.
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