Esta segunda dilatação da trégua decorre do acordo entre a Rússia e os Estados Unidos para aumentar os esforços visando encontrar uma solução política para a guerra de cinco anos da Síria
Por Redação, com agências internacionais - de Beirute:
A trégua entre as forças do regime sírio e os rebeldes em Alepo, no norte do país, que deveria acabar na segunda à noite, foi prolongada por 48 horas, até à meia-noite desta quarta-feira, anunciou o comando do exército.
Esta é a segunda vez que a trégua temporária, estabelecida na quinta-feira passada, sob a liderança dos Estados Unidos e da Rússia, é estendida em Alepo, cidade controlada pelas forças do governo e pelos rebeldes.
Esta segunda dilatação da trégua decorre do acordo entre a Rússia e os Estados Unidos para aumentar os esforços visando encontrar uma solução política para a guerra de cinco anos da Síria, que já matou mais de 270 mil pessoas.
– A Federação Russa e os Estados Unidos estão determinados a redobrar os esforços para alcançar uma solução política para o conflito sírio – segundo um comunicado russo-americano conjunto publicado pelo Ministério das Relações Exteriores russo.
Para este fim, a Rússia "vai trabalhar com as autoridades sírias para minimizar as operações da aviação sobre áreas que são predominantemente habitadas por civis ou partidos", diz o mesmo comunicado.
Aleppo
Aleppo, a maior cidade síria antes da guerra, tem vivido uma onda violenta de combates nas últimas semanas, abalando um acordo para a interrupção nacional de hostilidades e causando o colapso das negociações de paz.
Numa tentativa para retomar a suspensão das hostilidades, várias tréguas locais de curto prazo foram adotadas desde 29 de abril, a primeira nos arredores de Damasco e em Latakia, no norte, e em seguida em Aleppo.
A trégua de Aleppo entrou em vigor no meio da semana passada, mas tem ocorrido confrontos entre os rebeldes e as forças do governo.
A onda de violência mais significativa se deu no sudoeste de Aleppo, em volta da cidade de Kham Touman, que rebeldes tomaram na sexta-feira, num revés para as forças do governo e as tropas iranianas aliadas.
Líder do EI no Iraque
Um ataque aéreo da coalizão liderada pelos Estados Unidos matou um importante líder do Estado Islâmico no Iraque na semana passada, disse na segunda-feira um porta-voz do Pentágono.
O ataque de 6 de maio matou Abu Wahib, principal autoridade militar do Estado Islâmico na província de Anbar, disse Peter Cook, porta-voz do Pentágono. O ataque foi contra um veículo que transportava Abu Wahib, também conhecido como Shakir Wahib, e outros três integrantes do Estado Islâmico perto da cidade de Rutba, afirmou Cook.
O Estado Islâmico, um grupo islâmico radical sunita, tomou grandes áreas da província de Anbar em 2014, mas as forças de segurança iraquianas têm desde o ano passado reconquistado algumas cidades, incluindo Ramadi e Hit.
A morte de Abu Wahib, dado o seu papel preponderante no planejamento militar em Anbar, vai limitar a capacidade de o Estado Islâmico conduzir operações na província ocidental, declarou Cook.
– A liderança do Estado Islâmico tem sido atingida de forma dura pelos esforços da coalizão, e isso é uma mais um exemplo disso – afirmou Cook. “É perigoso ser um líder do grupo no Iraque e na Síria atualmente, e por uma boa razão.”
Abu Wahib havia aparecido em vídeos de execução do Estado Islâmico e havia sido membro da Al Qaeda no Iraque, segundo Cook.