Rio registra aumento de casos de caxumba

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Publicado Sexta, 10 de Julho de 2015 às 09:03, por: CdB
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Segundo a secretaria, o surto é caracterizado pelo aumento de casos
  O Estado do Rio de Janeiro registrou, de 1º de janeiro até 7 de julho, mais surtos de caxumba do que em todo o ano passado. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, foram notificados no período 66 surtos com o registro de 606 casos, enquanto em 2014 foram 561 casos. Segundo a secretaria, o surto é caracterizado pelo aumento de casos, acima da média registrada, em um determinado período de tempo e local concentrado e fechado, creches, escolas, empresas e condomínios. Os casos estão sendo acompanhados pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde às secretarias municipais de Saúde. A secfetaria estadual informou que não há evidência de epidemia da doença no Estado do Rio de Janeiro e está investigando o motivo do aumento de casos. Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe, o que há de concreto é o crescimento do número de surtos, uma vez que não é feito o monitoramento de casos individuais. “Não é preconizada pelo Ministério da Saúde a notificação de casos individuais, somente a ocorrência de surtos”, disse Chieppe, em entrevista à Agência Brasil. Segundo ele, algumas possibilidades estão sendo analisadas. Uma delas é o aumento da circulação do próprio vírus entre pessoas suscetíveis à doença e as que não foram imunizadas. Outra possibilidade é a diminuição da eficácia da vacina ao longo dos anos. Ele explicou que pessoas que tomaram a vacina há 10, 12 ou 15 anos, podem ter, eventualmente, uma diminuição de imunogenicidade da vacina, que é a capacidade da vacina de proteger o indivíduo. Ao longo dos anos, essa proteção pode diminuir um pouco, aumentando os casos de caxumba que ocorrem, geralmente, de forma mais leve nas pessoas que já foram imunizadas. - São hipóteses que ainda estamos investigando. Não há nada conclusivo. Ainda precisamos de mais dados, para saber o motivo do aumento no número de casos em relação a anos anteriores - completou. Conforme dados da secretaria, a ocorrência da doença se deu nas cidades do Rio de Janeiro, de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Niterói, na região metropolitana. “Todos estes casos ocorreram em instituições fechadas. Não há ainda qualquer relação com casos graves ou óbitos e todos os notificados foram leves, tão leves que evoluíram bem clinicamente”, avaliou o subsecretário. De acordo com Chieppe, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou sobre o caso da morte de uma adolescente de 14 anos, com suspeita de ter contraído meningite viral. Ela estudava em uma escola onde ocorreram casos de caxumba. Chieppe reconheceu que é possível a evolução da caxumba em meningite viral, mas ressaltou que, até o momento, não foi confirmado se esta foi a situação da estudante, pois ainda não foram feitos todos os exames necessários. - Para confirmar essa relação, são necessários exames mais específicos para identificar o vírus da caxumba no organismo da pessoa. Isso vai levar mais algum tempo, porque requer exames laboratoriais mais complexos - explicou. Chieppe revelou que a maioria dos casos registrados ocorreu em adolescentes de 11 a 16 anos, em escolas. Ele recomendou, como precaução, a lavagem das mãos com frequência, o que previne a ocorrência da doença; evitar ambientes fechados e mantê-los bem refrigerados, com ventilação adequada. Ao primeiro sintoma, deve-se procurar um serviço de saúde. O subsecretário pediu que a população evite tomar a vacina sem orientação médica. “É preciso que haja uma avaliação dos profissionais de saúde, e é importante que, na ocorrência de casos  de caxumba nas instituições, eles sejam comunicados imediatamente às secretarias municipais de Saúde para que possa ser feito um processo de investigação e apoio àquela unidade”, disse. De acordo com Chieppe, é comum também que, neste peródo do ano, por ser mais frio, surjam mais doenças chamadas de transmissão respiratória, incluindo a meningite, a gripe e a caxumba. Chieppe ponderou, no entanto, que apesar de ser um período que requer mais atenção, existem as férias escolares e isso favorece a redução dos registros da doença nas escolas.
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