Para Eduardo Cunha, lista de Janot é uma "piada"

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Publicado Quinta, 12 de Março de 2015 às 09:36, por: CdB
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Cunha também disse que o pedido de abertura de inquérito é constragedor
O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), classificou como "leviano" os pedidos de abertura de inquérito da Procuradoria Geral da República (PGR) contra 47 políticos. Cunha é alvo de inquérito autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposto envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras - Colocar a honra de quem quer que seja e dizer que o pedido de abertura de inquérito não constrange, constrange! Principalmente, a quem está no exercício do poder. À toa. Colocar de uma forma irresponsável e leviana, por escolha política, alguém para investigação é criar um constrangimento para transferir a crise do lado da rua para cá e nós não vamos aceitar - afirmou o peemedebista. No depoimento, prestado de forma espontânea, Cunha criticou a petição encaminhada por Janot, na qual é pedida a abertura de inquérito contra ele pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, classificando-a de “piada”. Cunha, que pediu para dar explicações à CPI e compareceu a comissão para se colocar à disposição antes mesmo de ter seu nome oficialmente confirmado pelo STF, afirmou aos parlamentares nesta quinta que o MP “não teve um critério único para todos”. O deputado, assim como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), figura em lista de 49 pessoas – 47 deles políticos, com ou sem mandato -, que passaram a ser investigadas a partir de autorização do STF após pedido de abertura de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na última semana, para apurar suposto envolvimento em esquema de corrupção na Petrobras. Cunha já havia criticado a atuação do procurador-geral no âmbito da operação Lava Jato, que investiga as irregularidades na Petrobras. Em nota divulgada em seu site no fim de semana, o deputado acusou Janot de agir “como se todos fossem partícipes da mesma lama”. Disse ainda que criminalizar suas doações oficiais de campanha sem fazer o mesmo com a de outros era “acinte à inteligência de quem quer que seja”. A participação de parlamentares nas irregularidades na estatal é investigada pela Justiça com base em depoimentos firmados sob delação premiada do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal. As denúncias envolvendo a estatal motivaram criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) neste ano. Líderes afirmam que acusações contra Cunha não se sustentam Os líderes do PSC, deputado Andre Moura (SE), e do PSDC, deputado Aluisio Mendes (MA), disseram há pouco que as acusações que embasaram o pedido de investigação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, no esquema de corrupção envolvendo a Petrobras, são frágeis e não se sustentam. Para Moura, a inclusão do nome de Cunha na lista de investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) deixa clara a motivação de intimidar o presidente da Câmara. - Talvez porque vossa excelência esteja pautando suas ações nem sempre conforme os interesses do Planalto, mas no interesse da sociedade brasileira -, disse Moura, questionando ainda a quem caberia fazer a reparação. - Quem fará a reparação por ter colocado o seu nome em uma berlinda dessa? - indagou. Já o deputado Aluisio Mendes se disse surpreso com inciativa do Ministério Público de pedir a abertura de inquérito com base em suspeitas tão vagas. - A quem interessa imputar culpa em quem não teve participação nesse esquema? - questionou Mendes. O líder da Minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), afirmou que o conteúdo e a firmeza das posições apresentadas por Cunha à CPI dão aos partidos e aos parlamentares tranquilidade para seguir trabalhando. - É a sinalização ao País de que nós temos plena e absoluta estabilidade nesse processo sob sua presidência, para caminharmos em dos momentos mais delicados e agitados e que chamam atenção da sociedade brasileira - concluiu.
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