ONU condena uso de gás lacrimogêneo contra refugiados

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Publicado Segunda, 11 de Abril de 2016 às 08:24, por: CdB

 

Dezenas de imigrantes e refugiados ficaram feridos no domingo quando a polícia da Macedônia atirou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra uma multidão no lado grego da fronteira

  Por Redação, com agências internacionais - de Genebra:   A agência de refugiados da ONU condenou nesta segunda-feira o uso de gás lacrimogêneo pela polícia da Macedônia contra refugiados na fronteira com a Grécia, e informou que tal ação prejudica a imagem da Europa. Dezenas de imigrantes e refugiados ficaram feridos no domingo quando a polícia da Macedônia atirou balas de borracha e gás lacrimogêneo contra uma multidão no lado grego da fronteira, disseram funcionários de resgate gregos, numa ação chamada pela Grécia de "perigosa e deplorável".
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Dezenas de imigrantes e refugiados ficaram feridos no domingo quando a polícia da Macedônia atirou balas de borracha e gás lacrimogêneo
– Vimos a tensão se desenvolvendo em diversas fronteiras europeias, entre forças da segurança em um lado e pessoas fugindo da guerra e em necessidade de ajuda no outro – disse o porta-voz do Acnur, Adrian Edwards, em comunicado. – Pessoas se machucam e propriedades são danificadas. Danos são feitos para a percepção de refugiados e para a imagem da Europa. Todos perdem. Cerca de 11 mil imigrantes e refugiados ficaram no ponto de Idomeni, na fronteira grega, desde fevereiro, após uma série de repressões nas fronteiras pelos Bálcãs fecharem a rota para a o leste e centro da Europa. Eles estão dormindo há muitas semanas a céu aberto e condições precárias.

Crise dos refugiados

As principais organizações de direitos humanos definiram nesta segunda-feira a “agenda” do próximo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), defendendo que ele deve se comprometer com uma nova abordagem global para os refugiados e acabar com a pena de morte. A Amnistia Internacional, o Observatório dos Direitos Humanos e quatro outros grupos também consideraram que o próximo chefe das Nações Unidas deve estar preparado para invocar a carta da ONU para prevenir e acabar com atrocidades em massa, como as que têm civis como alvos em guerras. – O mundo precisa de um secretário-geral forte, que se levante contra os países que cometem violações dos direitos humanos – declarou Salil Shetty, secretária-geral da Amnistia, em comunicado. “As Nações Unidas não podem cumprir o seu mandato se não colocarem os direitos humanos no centro de toda a sua atividade”, acrescentou. A “agenda”, com um total de oito pontos, delineada pelos grupos de defesa dos direitos humanos, foi divulgada quando os candidatos à sucessão de Ban Ki-moon se preparam para responder perguntas da assembléia geral das Nações Unidas, uma novidade na história de 70 anos da ONU. Apesar de o secretário-geral ser eleito pela assembléia geral da ONU, tradicionalmente, o processo era controlado nos bastidores pelas potências do Conselho de Segurança da ONU, que acabava por recomendar um candidato. No entanto, a ONU quer mais transparência no processo e anunciou que a assembléia geral iniciará a partir de desta terça-feira, dia 12, as primeiras entrevistas com os aspirantes ao cargo. Há oito candidatos à liderança das Nações Unidas, e quatro são mulheres.  
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