OMS emite alerta mundial sobre o vírus zika

Arquivado em:
Publicado Quarta, 02 de Dezembro de 2015 às 10:36, por: CdB
Por Redação, com ABr - de Brasília/Manaus: A Organização Mundial de Saúde (OMS), em conjunto com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), emitiu alerta epidemiológico mundial, com recomendações aos seus Estados-Membros, para que estabeleçam medidas de diagnóstico e acompanhamento de casos do vírus zika.
oms.jpg
A Opas e a OMS também recomendam que os países reforcem a vigilância
De acordo com o comunicado conjunto, na terça-feira havia registros de casos do vírus zika em nove Estados-Membros: Brasil, Chile (Ilha de Páscoa), Colômbia, El Salvador, Guatemala, México, Paraguai, Suriname e Venezuela. O comunicado ressalta a situação do Brasil, onde 18 Estados já confirmaram a circulação do vírus, e onde já se confirmou a relação entre o vírus zika e casos de microcefalia. Até o dia 30 de novembro deste ano, 1.248 casos de microcefalia foram registrados em 14 Estados brasileiros. Os dados mostram que houve um aumento de mais de vinte vezes em relação a anos anteriores. A Opas e a OMS também recomendam que os países reforcem a vigilância de síndromes neurológicas e anomalias congênitas e que fortaleçam o cuidado pré-natal às gestantes e aos recém-nascidos nas regiões onde o vírus está circulando. Além disso, o documento destaca a importância de reduzir a presença do mosquito vetor, o Aedes aegypt, através de estratégias de controle eficaz do mosquito e de comunicação pública, com campanhas nos veículos de comunicação. A respeito do tratamento no caso de infecção por vírus zika, o comunicado ressalta que não há vacina específica e que a orientação é no sentido de amenizar os sintomas com repouso e medicamentos para a diminuição da febre. Os pacientes devem ingerir muito líquido para evitar desidratação.

Casos de microcefalia

A Secretaria Estadual de Saúde do Amazonas criou um comitê para monitorar e prevenir os casos de microcefalia no Estado. A doença, uma malformação no cérebro do bebê ainda na fase uterina é causada pelo contágio da mãe com o vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo da dengue e da febre chikungunya. A relação entre o vírus zika e a doença foi confirmada pelo Ministério da Saúde no dia 28 de novembro. A primeira reunião do grupo ocorreu nessa segunda-feira, quando foi definida uma agenda de trabalho com reuniões semanais. A programação inclui a capacitação de profissionais da rede de saúde - da capital e do interior do estado - para o manejo clínico de pacientes que venham a apresentar sintomas da infecção pelo vírus zika. O secretário estadual de Saúde, Pedro Elias de Souza, disse que considera importante que a população seja bem orientada para que haja um reforço no combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti. "As grávidas também devem fazer o pré-natal de forma correta, buscando acompanhamento médico desde o primeiro mês da gestação", afirmou. Pedro Elias informou que, até o momento, há apenas um caso de vírus zika confirmado no Amazonas. “Não está caracterizada, ainda, a circulação do vírus zika no estado. Mas há toda uma conjuntura que exige que estejamos em alerta e preparados para enfrentar o aumento do número de casos desta infecção”, disse, em matéria divulgada no site do governo do Amazonas. O Estado registra uma média de 3 a 5 casos por ano de microcefalia. Em 2015, já foram três, sem associação com o vírus  zika. A preocupação com a microcefalia surgiu após o aumento de casos da doença no Nordeste.
Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo