O Brasil caminha a passos largos a um impasse. Ou continua sua saga de nação soberana e pronta a ser um player de grande respeito pela paz mundial ou se reduzirá a uma colônia de exploração, indigna de existência e em profunda guerra interna.
Por Elias Jabbour– de São Paulo
O presidente da República já se dispõe a ser um déspota não esclarecido, violento e doente. Suas conexões com a extrema-direita norte-americana e sua disposição a se fazer agradar pela pior face do imperialismo não deixa dúvidas de que nosso país corre o maior perigo de sua história. A esquerda é uma minoria incapaz de se fazer ouvir na sociedade. Fala cada vez mais para si mesma. Já Bolsonaro mantém uma tropa de 30% da população pronta a um confronto que pode explodir a qualquer momento. Quando mais se imagina que Bolsonaro está se isolando, mais forte se encontra tocando a entrega de nossos recursos naturais e destruição do capital financeiro nacional - hoje foi anunciado um verdadeiro desmonte do Banco do Brasil.Fascismo
A agenda dele não trará empregos de volta. E a barbárie tende a aumentar como gasolina na fogueira do fascismo. O momento não é de escolher aliados ou enfiar o dedo na cara daqueles que estiveram ao lado do golpe de 2016, mas não toleram uma agenda de caráter autoritária. Só quem já teve seu momento de enfrentamento armado contra a ditadura sabe do que cães fascistas são capazes. Ser radical é ser amplo. Amplitude é exercício de muita radicalidade. Paremos de atacar possíveis aliados numa luta que estamos perdendo todos os dias. O momento não é de acerto de contas contra possíveis aliados imediatos. A história dará conta deles. Quero meu país livre e soberano de volta. O patriota é humanista. Pois o internacionalismo é a maior manifestação de humanismo, algo que nasce em processo histórico de maternidade. Uma maternidade chamada pátria!
Elias Jabbour, é Doutor e Mestre em Geografia Humana (FFLCH-USP). Professor Adjunto da FCE/UERJ. Membro do Comitê Central do PCdoB.
As opiniões aqui expostas não representam necessariamente a opinião do Correio do Brasil