Mísseis de longo alcance da 'Guerra Fria' voltam à cena

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Publicado Sábado, 04 de Julho de 2015 às 14:14, por: CdB
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Os misseis russos de longo alcance têm maior autonomia e precisão, segundo especialistas
Chefe das tropas de mísseis antiaéreos da Força Aérea da Rússia, o major-general Sergey Babakov disse, neste sábado à rádio russa News Service, que os testes dos mísseis russos de longo alcance do sistema avançado de defesa aérea S-400 Triumf estão em fase final. São mísseis de longo alcance, capazes de alvos muito distantes com grande precisão, segundo especialistas no setor. Armamento similar aos S-400 Triumf tiraram o sono dos norte-americanos durante a crise dos mísseis, na década de 60 do século passado. – Os testes oficiais destes mísseis estão em fase final. Eu acho que em um futuro próximo serão concluídos com êxito – afirmou o oficial. O S-400 Triumf (SA-21 Growler, na classificação da OTAN) é um sistema antiaéreo russo de última geração. Carrega três diferentes tipos de mísseis capazes de destruir alvos aéreos de curto a extremamente longo alcance. A Rússia está atualmente passando por um programa de rearmamento US$ 325 bilhões para a modernização de 70% do armamento de suas Forças Armadas até 2020. Guerra Fria Diante da tensão entre os países europeus e a Rússia, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, declarou neste sábado que a organização lida com uma Rússia autoconfiante, mas os países-membros da aliança não devem ter medo dela. O chefe da OTAN concedeu a entrevista à agência alemã de notícias Deutsche Welle (DW). – Lidamos com uma Rússia que tem confiança em si, tem força para expandir as suas fronteiras e viola o direito internacional. Lembro-me como tínhamos medo (durante a Guerra Fria), mas nos sentíamos seguros ao mesmo tempo. Tínhamos medo de uma guerra atômica, da União Soviética ao lado de Noruega. Mas sentíamo-nos seguros porque a Noruega é membro da OTAN. Tínhamos a certeza, tal como hoje, que se algo acontecesse com a Noruega, a OTAN e os EUA nos protegeriam. Eu tinha a certeza na altura e ainda mais tenho essa certeza agora – disse. Stoltenberg declarou que no momento o mundo não está vivendo uma nova Guerra Fria, sublinhando que as novas ameaças mundiais são o Estado Islâmico, os confrontos e a violência no Iraque, na Síria e na África do Norte. – Eu acredito que nós precisamos de encontrar um equilíbrio entre a análise da situação e uma descrição das ameaças para os países da OTAN. Não se deve exagerar os perigos e dramatizar a situação. Nós não vemos uma ameaça imediata porque a OTAN é a mais poderosa aliança militar de todos os tempos – afirmou. Contingente armado Ele também comentou o aumento do contingente da OTAN na Europa e confirmou que a presença militar nas fronteiras orientais da aliança foi reforçada. – Temos reforçado a presença militar nas fronteiras orientais da aliança. Nós organizamos um tipo de pequenos estados-maiores nos Estados Bálticos, Bulgária, Polônia e Romênia. Intensificamos as patrulhas aéreas e a presença nos países orientais da aliança em resposta ao comportamento da Rússia – acrescentou. A Rússia já expressou repetidas vezes sua preocupação pelo fortalecimento da presença militar da OTAN perto de suas fronteiras. O presidente russo, Vladimir Putin, já tem declarado várias vezes que são as forças da OTAN que se aproximam das fronteiras da Rússia, e não o contrário.
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