Um grupo de metalúrgicos do estaleiro Eisa Petro Um (antigo Mauá), na Ponta da Areia, em Niterói, de um total de 1000 trabalhadores demitidos na quinta-feira passada, juntamente com dirigentes sindicais da categoria em Niterói e Itaboraí, reuniram-se na sexta-feira, na sede da Petrobras, no centro do Rio, com representantes da empresa para discutir soluções para a situação dos trabalhadores. Enquanto ocorria a reunião cerca de três mil metalúrgicos, entre demitidos e ativos do estaleiro, se concentravam em frente à sede da estatal, principal cliente do estaleiro. Para a próxima segunda-feira ficou agendado um encontro entre o departamento jurídico do sindicato e o da Transpetro, empresa subsidiária da Petrobras. Na próxima sexta-feira ocorrerá a audiência de conciliação na Justiça do Trabalho de Niterói em que será decidido o que acontecerá com os R$ 15 milhões da Transpetro retidos pela Justiça trabalhista na segunda-feira, para garantir o pagamento das indenizações dos demitidos. A Transpetro afirmou, em nota, que está “rigorosamente em dia com todas as suas obrigações contratuais com o Estaleiro Eisa Petro-Um, de forma que todo o cronograma de pagamentos da Transpetro ao estaleiro está sendo cumprido”. O presidente do sindicato, Edson Rocha, disse que a reunião foi positiva e as conversas estão avançando. “Durante a próxima semana vamos continuar conversando e tomar as decisões necessárias. Mas, por enquanto, os metalúrgicos continuam sem trabalhar.” O diretor do sindicato, Jorge Luiz, reclamou de arbitrariedades que os metalúrgicos teriam sofrido nos últimos dois anos. Segundo ele, benefícios como os planos de saúde e odontológico, auxílio funeral e comunicação de acidente de trabalho (CAT) foram algumas das perdas dos trabalhadores. - O sindicato vem denunciando e questionando os órgãos competentes para coibir essas arbitrariedades. Apesar disso, estamos tendo um diálogo democrático até hoje. Estamos com algumas ações na 3ª Vara do Trabalho de Niterói, em que o desembargador Ramon Patrick pediu paciência para que isso se resolva da melhor maneira possível - disse o sindicalista. Jorge Luiz disse ainda que o corpo jurídico do sindicato entrou com uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão acompanhe de perto o caso, não deixando que a decisão sobre o emprego de milhares de trabalhadores fique somente com a Justiça do Trabalho.
Metalúrgicos demitidos de estaleiro em Niterói buscam solução na Petrobras
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Sábado, 11 de Julho de 2015 às 13:19, por: CdB