Inflação: estimativa para 2016 passa de 6,94% para 7%

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Publicado Segunda, 09 de Maio de 2016 às 08:02, por: CdB

O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017, segundo o Banco Central

Por Redação, com ABr - de Brasília:
A projeção de instituições financeiras para a inflação este ano voltou a ser elevada com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passando de 6,94% para 7%. Para 2017, a estimativa foi reduzida de 5,72% para 5,62%, no quinto ajuste consecutivo.
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Mesmo com as reduções, os cálculos estão acima do centro da meta de 4,5%, informou o Banco Central
Os números são do Boletim Focus, divulgado às segundas-feiras pelo Banco Central (BC). Ele traz projeções de instituições financeiras consultadas semanalmente sobre os principais indicadores da economia. Mesmo com as reduções, os cálculos estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017. Para a taxa básica de juros (Selic), um dos instrumentos do Banco Central para conter a inflação, a projeção das instituições financeiras, ao final de 2016, foi reduzida de 13,25% para 13% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa continua em 11,75% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25% ao ano.

Atividade econômica

A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, foi alterada de 3,89% para 3,86%. Para 2017, a estimativa subiu de 0,40% para 0,50%, no terceiro ajuste seguido. A projeção para a queda da produção industrial passou de 5,83% para 5,95%, este ano. Para 2017, a expectativa de crescimento foi ajustada de 0,50% para 0,74%. A projeção para a cotação do dólar passou de R$ 3,72 para R$ 3,70 ao fim deste ano, e de R$ 3,91 para R$ 3,90, no fim de 2017. Inflação pelo IPC-S O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu alta de 0,64% na primeira prévia de maio, o que representa um acréscimo de 0,15 ponto percentual sobre o resultado do fechamento de abril (0,49%). Essa elevação foi puxada, principalmente, pelo grupo alimentação (de 0,69% para 0,96%). Entre os itens que mais subiram de preço estão as hortaliças e legumes (de -1,92% para 2,16%). O levantamento em torno do IPC-S é feito desde 2003 pelo Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGVC), em sete localidades: Recife, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Porto Alegre. A coleta de variações de preços refere-se ao período de uma semana comparado aos 30 dias imediatamente anteriores.

Exceção

Dos oito grupos pesquisados, apenas um, o de transportes, indicou perda no ritmo de correção de preços , na primeira quadrissemana de maio, ao passar de 0,32% para 0,20%. Em habitação, o índice manteve-se em queda de -0,14%, porém, tinha apresentado um recuo mais expressivo na apuração passada de 0,29%. Também diminuiu a intensidade de redução do índice no grupo educação, leitura e recreação (de -0,09% para -0,05%). Em saúde e cuidados pessoais, a taxa avançou de 2,41% para 2,63%. No grupo despesas diversas houve alta de 1,01% ante 0,28%; em vestuário, foi constatada elevação, de 0,74% para 0,91% e, em comunicação, de 0,14% para 0,21%. Os itens que mais contribuíram para a alta foram: batata-inglesa (23,32%); vasodilatador para pressão arterial (7,77%); mamão papaya (20,88%); plano e seguro de saúde (1,04%) e leite tipo longa vida (4,79%) Já os itens que evitaram um avanço maior da inflação foram: tarifa de eletricidade residencial (-2,31%); etanol (-5,06%); tomate (-13,74%); excursão e tour (-3,46%) e cenoura (-11,24%). Matéria atualizada às 11h33
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