O Estado Islâmico tem intensificado, recentemente, os ataques contra os bairros residenciais de Aleppo
Por Redação, com Sputnik Brasil - de Beirute:
Um ataque aéreo matou o governador da província síria de Aleppo nomeado pelo Estado Islâmico.
De acordo com dados divulgados pelo grupo norte-americano SITE, que se ocupa de monitorar a atividade das organizações extremistas, Amr al-Absi (também conhecido como Abu al-Atir), tomou posse "terrorista" da província em fevereiro de 2014, quando o seu irmão Firas morrera em um confronto com os rebeldes.
Além disso, surgem informações sobre a morte de outro militante do EI (grupo terrorista proibido por vários países, inclusive a Rússia), Abdulnadir Badawi.
O SITE também informa de um terrorista da Frente al-Nusra morto durante confrontos em Aleppo. Ele filmou a sua própria morte, pois levava uma câmera na cabeça.
O Estado Islâmico tem intensificado, recentemente, os ataques contra os bairros residenciais de Aleppo.
O estado de conflito armado permanece na Síria desde março de 2011. Até o momento, mais de 250 mil pessoas foram mortas já.
Em 2014, formou-se uma coalizão internacional liderada pelos EUA com o intuito de combater os terroristas. Washington optou por treinar uma porção de rebeldes "moderados" para garantir futuro apoio na pressão em relação ao governo de Bashar Assad, presidente sírio. Mas o plano com os rebeldes fracassou.
Em setembro de 2015, a Rússia lançou a sua própria campanha aérea na Síria, ao ter recebido um pedido oficial de Damasco a este respeito.No dia 27 de fevereiro entrou em vigor um cessar-fogo sem prazo final definido. A trégua abrange todos os grupos e facções, mas não se aplica aos grupos terroristas Daesh e Frente al-Nusra e outros grupos considerados como terroristas pela ONU.
Além disso, está sendo preparada uma continuação às negociações de paz no formato Genebra 3, interrompidas em fevereiro por causa de um mal-entendido entre as partes.
Trégua na Síria
A Turquia não terá a obrigação de cumprir o cessar-fogo na Síria se a sua segurança for ameaçada, disse o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu.
– Esta trégua é atual somente para a Síria, para as partes que estão no seu território. Caso surja uma ameaça para a nossa segurança nacional de qualquer parte, esta trégua não será obrigatória para nós. Em uma situação como esta a Turquia não irá pedir licença a ninguém, mas fará o que seja necessário. Porque este assunto sai fora do problema sírio e torna-se o assunto da Turquia – disse Davutoglu.
Mais antes, em entrevista ao canal al-Jazeera, o primeiro-ministro truco afirmou que apesar de esforços da aviação russa as tropas governamentais sírias não conseguiram retomar o controle de cidades de Idlib e Aleppo. “A oposição moderada síria agora existe somente graças à Turquia”, disse.Vários deputados oposicionistas turcos ficaram indignados com as palavras do premiê turco.
– As declarações do primeiro-ministro da Turquia mostram uma intervenção nos assuntos internos da Síria que viola o direito internacional. Tal intervenção contradiz a Carta da ONU – disse o deputado do parlamento do país do Partido Republicano do Povo oposicionista, Riza Turmen.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse em entrevista ao jornal russo Argumenty i Fakty que Ancara está agravando a situação na fronteira turco-síria e realiza ações provocatórias que não são somente provocações, mas é uma agressão.No dia 22 de fevereiro foi publicada a declaração conjunta dos EUA a Rússia sobre a Síria, segundo a qual o cessar-fogo entre as tropas do governo sírio e os grupos armados da oposição deve começar em 27 de fevereiro, sem ser o mesmo, no entanto, aplicado ao EI, Frente al-Nusra e outras organizações que a ONU considera como terroristas.
Tags:
Relacionados
Edições digital e impressa
Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.