Rio de Janeiro, 23 de Novembro de 2024

Fitch tira selo de bom pagador do país

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Quarta, 16 de Dezembro de 2015 às 11:24, por: CdB

A agência sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva da nota como "negativa"

Por Redação, com Reuters - de Brasília: A agência de classificação de risco Fitch retirou nesta quarta-feira o selo de bom pagador do Brasil, ao cortar o rating do país em um degrau, de "BBB-" para "BB+", citando a recessão mais profunda do que o antecipado e a dificuldade que o quadro fiscal e o aumento das incertezas políticas trazem à capacidade do governo de estabilizar a dívida.
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A decisão da Fitch acontece após o governo da presidente Dilma Rousseff ter alterado, no fim da terça-feira, a meta de superávit primário para 2016
Além de retirar o Brasil do patamar de grau de investimento, a Fitch sinalizou que pode colocar o país ainda mais para dentro do território especulativo, ao manter a perspectiva da nota como "negativa". A decisão da Fitch acontece após o governo da presidente Dilma Rousseff ter alterado, no fim da terça-feira, a meta de superávit primário para 2016, permitindo no limite zerar a economia do governo no próximo ano para o pagamento de juros da dívida pública.

Nelson Levy ofuscado

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ao ser questionado nesta quarta-feira sobre o que achou da mudança da meta de superávit primário de 2016 feita pelo governo da véspera, afirmou que estava "ligeiramente ofuscado". Levy fez esse único comentário a jornalistas ao chegar para reunião com o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Na véspera, o governo abriu a possibilidade de zerar a meta de superávit primário de 2016, contrariando o objetivo de Levy, que defendia economia equivalente a 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB). O relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016, deputado Ricardo Teobaldo (PMB-PE), afirmou na noite de terça-feira que alteraria, a pedido do governo, a meta de superávit primário do setor público consolidado para cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), com abatimentos que, na prática, permitiriam zerar a meta. Diante desse cenário, notícias sobre eventual saída de Levy do governo voltaram a surgir.
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