O esforço fiscal perseguido pelo Brasil vai durar pelo menos dois anos, afirmou nesta segunda-feira o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ressaltando que o governo está procurando adotar uma postura gradual no reequilíbrio das contas públicas. Em evento do Centro de Estudos do Novo Desenvolvimentismo da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas, Barbosa explicou que o congelamento de gastos neste ano foi tomado para manter estável a despesa obrigatória no país, que cresceria mesmo com a aprovação das Medidas Provisórias 664 e 665. Segundo o ministro, o ajuste fiscal no Brasil é mais rápido do que em outras economias avançadas porque a taxa de juros sobre a dívida líquida do país é muito alta. Há interesse de investidores nacionais e estrangeiros pela infraestrutura no Brasil, disse o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, nesta segunda-feira, afirmando que o setor de construção do país tem condições de executar os projetos. - O setor de construção tem toda capacidade de atender esses investimentos. Firmas novas, firmas médias e mesmo as firmas que enfrentam alguns problemas - comentou o ministro após participar de palestra na Fundação Getulio Vargas, em São Paulo. O governo brasileiro está prestes a lançar um amplo programa de concessão de infraestrutura, abrangendo ferrovias, rodovias, portos e aeroportos. O lançamento do pacote coincide com um momento em que grandes empreiteiras estão envolvidas no escândalo de corrupção bilionário na Petrobras. Barbosa disse que a taxa de retorno dos projetos irá refletir a realidade brasileira e que o real mais depreciado em relação ao dólar torna os ativos brasileiros mais atraentes em termos de taxa de retorno. O ministro também avaliou que as taxas de juros na maior parte do mundo deverão continuar em níveis baixos. - Mesmo que o Fed (banco central norte-americano) aumente a taxa de juros, mesmo assim as taxas de juros no mundo permanecerão baixas e isso garante que, do lado da oferta, haverá interesse (no programa de concessões brasileiro).
Esforço fiscal vai levar pelo menos dois anos, diz Nelson Barbosa
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Segunda, 01 de Junho de 2015 às 10:40, por: CdB